Mobilitas Acervo 2017-2023
Português

Destinado a municípios e governos regionais do Chile, um guia sobre a gestão de aglomerações na pandemia recomenda prioridade para ônibus e indica outras soluções

Categoria: Matérias

Publicado em 29 jul 2020

4 minutos

Destinado a municípios e governos regionais do Chile, um guia sobre a gestão de aglomerações na pandemia recomenda prioridade para ônibus e indica outras soluções

Por meio de seu site oficial, o Ministério dos Transportes e Comunicações do Chile apresenta a publicação de orientação intitulada Fichas para gerenciamento de aglomerações, que pode ser acessada através de um link no final deste artigo.

Com 32 páginas, o caderno indica as seguintes soluções: 1) A importância da disseminação de medidas temporárias; 2) Ciclovias; 3) “Ciclo-ruas”; 4) Ampliação dos espaços para pedestres; 5) Travessia de pedestres tipo Tóquio (cruzamento em X); 6) Redistribuição do espaço viário para uso do comércio local, 7) Distância física em ambientes escolares, 8) Operação automática de semáforos para pedestres, 9) Medidas sanitárias nas paradas e dentro dos transportes públicos, 10) Distância física nas paradas da escola transporte público, 11) Trilhas somente para ônibus, 12) Campanhas Covid-19 em transporte público, 13) Aplicativo Rede Metropolitana de Mobilidade.

Segundo o próprio documento, as séries de soluções temporárias, organizadas em fichas para o gerenciamento de aglomerações, visam orientar de maneira prática e concreta os Municípios, Governos Regionais e outras entidades interessadas em executá-las.

As fichas reunidas no caderno coletam experiências nacionais e internacionais e recomendações de diferentes organizações, incluindo a Associação Nacional de Oficiais de Transporte Urbano (NACTO, em sua sigla em inglês).

Mobilidade ativa. Um ponto sublinhado na introdução da publicação é que as soluções também buscam promover a mobilidade ativa, devido a seus múltiplos benefícios, não apenas na saúde e no meio ambiente, mas também por sua efetiva contribuição com medidas de distância física no espaço publico.

Prioridade para ônibus. O Ministério dos Transportes e Telecomunicações destaca que promove o uso de modos sustentáveis, como transporte não motorizado, micro-mobilidade e o transporte público por ônibus, que deve ter espaço priorizado no sistema viário.

Aglomerações no  transporte público. Fichas com medidas para o gerenciamento de multidões no transporte público também foram incorporadas a este guia. Dessa forma, buscou-se fazer indicações para salvaguardar a segurança dos usuários e evitar uma perda irreversível de passageiros para outros modos, como o automóvel, o que pode trazer prejuízos significativos para a sustentabilidade e a qualidade de vida urbana.

Implementação e reversão. A publicação afirma que a adoção de soluções temporárias deve ser analisada considerando fatores como a realidade local e a viabilidade de executar tais ações no curto prazo. Além disso, é preciso levar em conta a possibilidade de reversão das medidas quando a cidade retornar às suas atividades regulares.

Comunicação. O documento enfatiza a importância de os governos regionais e locais considerarem uma estratégia de comunicação para que os usuários conheçam as iniciativas adotadas, incorporem-nas à sua rotina e possam tomar decisões informadas sobre viagens. A ideia é que a construção de uma cidade segura, sustentável e confiável seja  um trabalho que envolva a todos.

Acesse a publicação

Chile apresenta um plano para diversificar opções de transporte e reduzir riscos de contágio por Covid-19

Um total de 222 medidas em nível nacional contém o Plano Nacional de Mobilidade preparado pelo Ministério dos Transportes e Telecomunicações (MTT) e apresentado em 23 de julho de 2020, e cujo objetivo é adotar várias ações que protejam a mobilidade das pessoas nos espaços públicos e nos transportes públicos durante a fase de redução das medidas de confinamento e, assim, impedir a propagação da Covid-19.

As medidas incluídas no plano compreendem o estabelecimento de 74 quilômetros de áreas para pedestres, 180 quilômetros de ciclovias temporárias e 153 quilômetros de faixas exclusivas para ônibus e vias exclusivas para transporte público, o que reduzirá eventuais aglomerações nos pontos de ônibus, além de diminuir os tempos de deslocamento, contribuindo também para descongestionar o interior dos ônibus do sistema de transporte público.

Parte das medidas se referem à área de gerenciamento de tráfego e mobilidade são aquelas que serão desenvolvidas pelas Unidades Operacionais de Controle de Tráfego (UOCT) em nível nacional, incluindo a intervenção de 588 pontos de aglomeração detectados, que serão mitigados, através de mudanças no tempo dos semáforos, contribuindo para a distância física.

Além disso, haverá o gerenciamento de 839 travessias sinalizadas para dar maior verde aos pedestres e 823 cruzamentos modificados para dar prioridade ao movimento de ônibus de transporte público

Não encontrou o que procura? Busque no acervo