Categoria: Matérias
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Publicado em 7 jul 2022
4 minutos
“As cifras da nossa área de língua espanhola-portuguesa são impressionantes: milhões de pessoas necessitam de uma rede de transportes eficiente para trabalhar, estudar, aproveitar as oportunidades culturais, comerciais e de lazer que as nossas cidades oferecem. O desafio do deslocamento de milhões de pessoas é o melhor impulso para o transporte massivo de passageiros”.
Estas são as palavras de Silvia Roldán, presidente do Metro de Madrid e presidente da Associação Latino-Americana de Metros e Subterrâneos (ALAMYS), ao participar em Cádis, Espanha, de 19 a 23 de junho de 2022, no evento denominado 27º Comitês da ALAMYS, com a participação de representantes técnicos dos Comitês de Gestão, Planejamento, Operações, Manutenção e Tranvía (Veículo Leve sobre Trilhos).
A reunião incluiu uma sessão de apresentação dos aspectos da 36ª Assembleia Geral e Congresso Anual da ALAMYS, que se realiza em São Paulo, Brasil, em novembro de 2022, coordenada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
“ALAMYS é a casa comum dos modos ferroviário urbano e suburbano. Uma grande casa comum que cobre dois continentes, que acolhe um grande número de países e onde são faladas duas das principais línguas do mundo”, salientou Silvia Roldán.
MODOS FERROVIÁRIOS
A presidente da ALAMYS observou: “Os atuais modos ferroviários não obedecem à imagem épica histórica da ferrovia, a meio caminho entre as viagens por zonas remotas e a promoção industrial. Também é isso, claro, mas a ferrovia conquistou a sua posição na vanguarda do mundo dos transportes através da sua formidável capacidade de adaptação”.
Prosseguiu, sublinhando: “Os nossos comboios foram a ponta de lança da revolução industrial e são hoje o suporte indispensável para sistemas de transporte cada vez mais complexos e precisos”.
Relativamente à área de ação da ALAMYS, que abrange a América Latina e a Península Ibérica, disse: “Os países de língua espanhola e portuguesa entraram no mundo dos metrôs no início do século XX: a nossa ponta de lança foi o metro de Buenos Aires, que abriu as suas portas em 1913. Entretanto, os nossos metrôs aumentaram em número e tamanho. A inovação técnica tornou possível a concepção de vias férreas para cada necessidade e cada terreno. No início do século XX, teria sido impensável conceber um meio de massa tão adequado para terrenos complexos como o teleférico de Medellín, ou um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) tão adaptado ao ambiente como o Trambahía em Cádis, que será o sistema líder na cidade mais antiga da Europa Ocidental, bem como nos seus arredores”.
Continuando a sua explicação, Silvia Roldán salientou: “Se o velho ditado ‘renovar ou morrer’ se confirmar, os nossos comboios continuarão a ser a espinha dorsal da mobilidade urbana por muito tempo, uma vez que a inovação é uma parte inseparável da ferrovia. A inovação permite-nos oferecer aos usuários as melhores vantagens do transporte público: segurança, conforto, rapidez, um preço acessível, uma forma de viajar socialmente benéfica que favorece o ambiente, um serviço inclusivo no qual todos temos um lugar e que é planejado e operado tomando como referência não só aqueles que já viajam conosco, mas também aqueles que temos de convencer a juntarem-se ao esforço de mobilidade sustentável”.
Concluindo o seu discurso, adotou um tom pessoal, com o qual expressou o seu estado de espírito: “É uma honra e um privilégio que a Metro de Madri, S.A. faça parte da ALAMYS. Para mim, é um luxo presidi-la. Amigos e colegas, estou à vossa completa disposição para continuar a trabalhar para melhorar este maravilhoso setor”.
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