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Cidades da América Latina celebram o Dia Mundial da Bicicleta em 3 de junho, e com atividades que se prolongarão até ao final de semana

Categoria: Matérias

Publicado em 3 jun 2022

5 minutos

Cidades da América Latina celebram o Dia Mundial da Bicicleta em 3 de junho, e com atividades que se prolongarão até ao final de semana

Seguindo a recomendação das Nações Unidas, várias cidades da América Latina celebram esta sexta-feira, 3 de junho de 2022, uma nova edição do Dia Mundial da Bicicleta – instituído em 2018 para encorajar a utilização deste meio de transporte, que é “simples, acessível, limpo e ambientalmente sustentável”.

“O ciclismo – destaca o website da ONU – contribui para um ar mais limpo e menos congestionamento e torna a educação, os cuidados de saúde e outros serviços sociais mais acessíveis às populações mais vulneráveis”.

Algumas atividades planejadas por cidades latino-americanas começaram dias antes e outras se estenderão para além da data comemorativa, avançando para o final da semana.

Na cidade argentina de Mendoza, o Dia Mundial da Bicicleta será celebrado com ações que se estenderão por três dias. Em 3 de junho, haverá uma cerimônia solene de entrega de prêmios para o usuário com mais viagens no programa En la Bici (Na Bicicleta), bem como uma discussão virtual sobre o tema do ciclismo urbano responsável. Em 4 de junho, acontecerá a recepção das inscrições para o concurso de fotografia e em 5 de junho será anunciado o vencedor do concurso. Uma oficina de mecânica de bicicletas acontecerá no dia 5 de junho.

Guayaquil, Equador, celebrará o Dia Mundial da Bicicleta no sábado, 4 de Junho, com uma marcha noturna de bicicleta do centro para o norte da cidade, organizada pelo coletivo Massa Crítica. Para além da comemoração, o evento procura chamar a atenção das autoridades e dos cidadãos para a importância de respeitar aqueles que utilizam bicicletas, outros veículos de micro-mobilidade e os pedestres.

A Intendência de Montevidéu informa que celebrará o Dia Mundial da Bicicleta com atividades no sábado, 4 de junho, entre o fim da manhã e o início da tarde, no Velódromo Atílio François. Nesse dia, será possível andar livremente na pista do velódromo.

A Avenida Ramón Benzano também estará aberta apenas para ciclistas. Bicicletas, tanto convencionais como adaptadas, estarão disponíveis para empréstimo. Os professores do Departamento de Educação Física, Desporto e Recreio do município estarão no local para aconselhar os ciclistas que os desejem utilizar. Além disso, será realizado uma oficina de auto-reparação como parte do projeto Liberá tu bici (Liberta a tua bicicleta). A atividade é apoiada pela Federação de Ciclismo de Montevidéu.

Em Lima, Peru, clubes, grupos e coletivos de ciclismo promoverão o evento Uma bicicleta, uma vida!, no domingo, 5 de junho, a partir das 07h30min horas, com um comício na Plaza la Bandera e um passeio de 25 quilômetros pelas ruas da cidade até ao Parque Olímpico em San Borja.

O governo da Cidade do México anunciou que vai realizar um Festival de Bicicleta de 3 a 5 de Junho no Zócalo – a grande praça central considerada o coração da capital mexicana –, com muitas atividades diferentes. O governo local entende que é importante promover a bicicleta como uma alternativa de mobilidade, e esse veículo que tem grande significado em termos de saúde, bem-estar, igualdade nas estradas públicas, respeito e proteção do ambiente, bem como o reforço físico daqueles que a utilizam diariamente.

Em Joinville, Santa Catarina, Brasil, de 31 de maio a 10 de junho, a Exposição de Bicicletas terá lugar no espaço colaborativo O Farol, na cidade. Estarão expostas 25 bicicletas, entre elas peças raras, de fabrico brasileiro ou de outros países, umas restauradas e outras originais.

SAÚDE E AMBIENTE

O website das Nações Unidas publica um texto sobre o Dia Mundial da Bicicleta, sublinhando a importância que a divulgação do uso de bicicletas pode ter para a saúde das pessoas e para a sustentabilidade ambiental.

O texto sublinha que “proporcionar infra-estruturas seguras para atividades físicas, tais como caminhar e andar de bicicleta, é o caminho para alcançar uma maior equidade na saúde”.

Recorda que para as pessoas nas zonas urbanas mais pobres que não têm acesso aos seus próprios veículos motorizados, caminhar e andar de bicicleta, além de ser um meio de deslocação, pode reduzir o risco de doenças cardíacas, derrames, certos tipos de câncer, diabetes e até mesmo a morte.

Assim, a melhoria das condições em que as pessoas andam a pé, de bicicleta ou utilizam os transportes públicos, para além de promover a saúde, pode trazer reduções de custos.

Com os argumentos apresentados, o texto traz uma conclusão: “A satisfação das necessidades destes ciclistas e peões continua, portanto, a ser crucial para resolver os problemas de mobilidade das cidades, para mitigar o aumento das emissões de gases com efeito de estufa devido ao crescimento populacional e para melhorar a qualidade do ar e a segurança viária”.

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