Para Claudia López, prefeita de Bogotá, o Dia Sem Carro e Sem Moto serviu para que a minoria (15%) que usa carro viva como 85% das pessoas, que caminham ou usam bicicleta ou transporte público

Pouco mais de um mês após a posse, a prefeita de Bogotá, Claudia López, dirigiu em 6 de fevereiro de 2020 a realização de uma nova edição do Dia sem carro e sem moto na cidade.

No início do dia, ela fez um passeio de bicicleta e destacou algumas ideias em torno de uma viagem sem transporte motorizado individual.

Ela disse, por exemplo, que o dia era para que a minoria que usa carro (15%), vivesse como os 85% que caminha, usa bicicleta ou transporte público todos os dias.

E acrescentou: “É um dia para que saibam como vive a maioria e para refletirmos. É um dia para não se estar em engarrafamentos, em que vamos ver a cidade de outra perspectiva, de suas plataformas, do transporte público, e é um dia para os taxistas brilharem”, afirmou López.

A prefeita disse ainda que 7% das viagens realizadas naquele dia, em Bogotá, foram feitas de bicicleta: “é mais do que vai carregar a Primeira Linha do Metrô”.

Claudia López também disse: “O TransMilenio não é apenas estações ou ônibus. Milhares de pessoas trabalham diariamente para mobilizar milhões de usuários em transporte público. Se andássemos mais e usássemos mais a ‘bici’, teríamos melhores hábitos de vida, melhor saúde, contribuiríamos para ter menos poluição do ar, que é um dos grandes desafios da nossa cidade”.

ASPECTOS DA JORNADA

O Dia sem carro e sem moto terminou uma hora e meia mais tarde do que o habitual: prolongou-se das 5h às 21h.

Mais de 1,8 milhão de veículos particulares e 469 mil motocicletas deixaram de circular.

Somente carros blindados que fazem parte dos esquemas de segurança designados pela Unidade Nacional de Proteção, e veículos para o transporte de valores mobiliários puderam circular. Toda a frota integrada de transporte do sistema de massa esteve habilitada.

Os ciclistas dispunham de 550 quilômetros de ciclorrotas e 99 quilômetros de ciclovias.

Os serviços duplos de ônibus compartilharam a estrada com a ciclovia da Carrera Séptima, por onde operaram normalmente em seus trajetos no dia útil.

As 6059 vagas de bicicletários localizadas em 22 pontos do sistema foram habilitadas. Além disso, bicicletas dobráveis puderam ser transportadas nos ônibus principais.

TRANSPORTE PÚBLICO

A TransMilenio fortaleceu a frota principal no horário de pico (das 9:00 às 16:00), levando em consideração que as empresas poderiam flexibilizar os horários de entrada e saída.

No Dia sem carro e sem moto de 2020, a frota principal do TransMilenio registrou 1.407.850 validações, 11,3% a mais do que a média de um dia típico, que é 1.265.088. Na jornada de 2019, havia 1.417.228 validações neste sistema. 

O Sistema Integrado de Transporte Público – SITP (frota zonal) registrou 949.009 validações em 6 de fevereiro de 2020, ou seja, 25,6% a mais do que em um dia típico, com média de 755.667 validações. No Dia Sem Carro e Sem Moto de 2019, esse sistema registrou 1.046.428 validações.

O TransMiCable, sistema de transporte por cabo de Bogotá, registrou 14.563 no Dia Sem Carro e Sem Moto de 2020, o que corresponde a 13% a mais do que um dia típico, cuja média é de 12.847 validações. Em 2019, o TransMiCable registrou 11.585 validações.

A Secretaria Distrital de Mobilidade informou que no Dia sem carro e sem moto de 2020, a velocidade média da cidade foi de 26 km/h, uma melhora de 24% em comparação com um dia típico.

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