Comuna de Las Condes, no Chile, testa o ‘Plano Holanda, Vias Laranjas’ de convivência viária

O governo nacional do Chile, através do Ministério dos Transportes e Telecomunicações e da administração da comuna de Las Condes, lançou em abril o Plano Holanda, Vias Laranjas.

No Chile, as comunas constituem a divisão administrativa básica, correspondente ao que em outros se conhece como município.

O plano tem seis objetivos: 1) Criar condições de segurança para a circulação de veículos motorizados e meios alternativos de transporte; 2) Otimizar o uso de infraestrutura e espaço público; 3) Promover o uso deciclos e a integração dos diferentes meios de transporte; 4) Garantir a conformidade com as regras atuais de trânsito; 5) Melhorar a qualidade de vida dos habitantes e daqueles que circulam na comuna; 6) Dar segurança aos pedestres.

Para atingir estes objetivos, o Plano Holanda, Vias Laranjas compreende as seguintes medidas: 1) Estabelecer um limite de velocidade de 30 km/h na faixa da direita das ruas, facilitando o trânsito integrado dos diferentes meios de transporte por esta via; 2) Criar sinalização adaptada à realidade do município e aos desafios da convivência viária; 3) Instituir brigada educacional e de inspeção com a missão de educar os usuários no respeito e integração dos diferentes meios de transporte.

PERÍMETRO DO PILOTO

O piloto do Plano Holanda, Vias Laranjas se configura como um perímetro no bairro El Golf, na comuna de Las Condes, onde veículos motorizados e não motorizados podem compartilhar a rua com segurança e respeito, recuperando as calçadas para os pedestres.

A iniciativa foi apresentada pela ministra dos Transportes e Telecomunicações, Gloria Hutt, e pelo prefeito da comuna Joaquín Lavín.

Uma nota do governo nacional informou que o plano é baseado no uso crescente de bicicletas, motos e outros veículos na comunidade e nos desafios que isso representa. Neste contexto, a comuna de Las Condes, juntamente com o Ministério dos Transportes, testa uma solução destinada a proporcionar um espaço de mobilidade para os diferentes veículos não motorizados, a fim de promover de forma responsável a utilização destes meios de transporte.

Gloria Hutt explicou que uma das dificuldades para a implantação de uma convivência viária adequada é a definição das zonas de circulação que sejam claramente identificadas para os diferentes usuários. “Este plano aponta para isso; diz como circular, onde circular, quem deve ser protegido e onde estão as calçadas para os pedestres. Haverá uma pista exclusiva para veículos que circulam a 30 quilômetros por hora, mas também para scooters e bicicletas”,

A ministra acrescentou: “Isso aponta diretamente para o tipo de cidade que queremos construir e que vamos buscar promover também nos demais municípios do Chile, porque a Lei de Convivência Viária se aplica a todo o país”.

A duração do projeto piloto será de 60 dias. Durante este período, sua efetividade será avaliada através de estudos quantitativos e qualitativos que medirão o impacto do projeto no comportamento dos usuários de veículos motorizados enão motorizados, e a mudança na percepção dos moradores da comuna.

Com base nestes resultados, se estudará como dar um caráter permanente a esta iniciativa e sua extensão para outros bairros da comuna.