Transporte urbano na era digital: novos serviços a usuários que demandam modernidade. Por Anderson Benino.

ANDERSON BENINO*

O cidadão digital exige, cada vez mais, que as empresas aprimorem seus serviços, o que inclui o transporte urbano. Neste quesito, o conceito de mobilidade urbana deve ser adaptado à economia digital, trazendo às cidades modernas uma infraestrutura alinhada às demandas e necessidades de seus habitantes.

Para tornar realidade essa mudança, é preciso reduzir os tempos de viagem, minimizar os custos e integrar diferentes meios de transporte e de pagamento. Isso somente é possível com a adoção de sistemas integrados de pagamento, assim como soluções eficientes de gerenciamento de frota e plataformas de informações ao usuário de última geração.

E quando falamos em sistema integrado de pagamento, a proposta é utilizar uma cobertura ampla de rede comercial de carga ou seja, pontos de vendas e máquinas de autoatendimento.

Além disso, é fundamental expandir o sistema para que ele possa ser pago com cartões nas modalidades crédito ou débito e também com novas tecnologias utilizando dispositivos inteligentes (smartphones, wearables) e aplicativos de pagamentos, que não exigem uma rede de recarga física e específica, o que facilita a vida do usuário, oferecendo conveniência e maior cobertura à rede de transporte.

Para suportar estes meios de pagamento, são necessários um sistema de processamento robusto e uma plataforma tecnológica e de segurança da informação sólida, que transmitam ao sistema central todas as informações sobre a viagem e a tarifa paga, de acordo com o registro das transações realizadas.

Além disso, o provedor de tecnologia deve ser capaz de realizar a compensação de transações, que consiste nas validações de todas as passagens pagantes e as que possuem benefícios parciais ou totais, assim como a distribuição da cobrança para os múltiplos operadores, de acordo com os contratos estabelecidos.

Todos esses sistemas, por sua vez, precisam de uma plataforma tecnológica sólida, que demande uma série de elementos que incluam infraestrutura ad-hoc e software especializado: validadores, zonas pagas, totens e terminais de recarga e autosserviço, cartões, ferramentas de software, servidores, bases de dados, data warehouses, antenas, sensores, equipamentos de inspeção, entre outros. Tudo isso, por sua vez, precisa contar com serviços de suporte e manutenção especializados.

Em paralelo, deve haver progressos na concepção e implementação de soluções inovadoras para controlar a evasão, tais como o mapeamento de “zonas de pagamento” eficiente e autossustentável.

Os provedores de tecnologia que têm trabalhado intensamente nesta evolução estão constantemente testando soluções que estão alinhadas com os novos requisitos dos usuários e às novas ferramentas digitais que estão surgindo. O foco é aplicar diferentes elementos que traduzem em um melhor serviço para o usuário, que deve ser o centro de qualquer sistema de transporte moderno.  (Texto escrito em agosto de 2018)


ANDERSON BENINO é gerente de Desenvolvimento de Negócios de Transportes da Sonda, companhia latino-americana de soluções e serviços de Tecnologia, que mantém um centro de competência no Chile para a aplicação de projetos digitais de mobilidade urbana

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