Três concessionárias de transporte público compraram 34% dos créditos de carbono florestal lançados pela Secretaria do Meio Ambiente da CDMX

Três concessionárias de transporte público adquiriram 1.336 dos 3.909 créditos de carbono florestal que a Secretaria do Meio Ambiente da Cidade do México (Sedema) lançou ao mercado financeiro. Nota do governo da Cidade do México informa que a iniciativa tem como objetivo compensar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) geradas por essas empresas em suas operações.

A nota informa que as concessionárias Vanguardia e Cambio, Conexión Centro Aeropuerto e Corredor Insurgentes adquiriram, juntas, 34% dos títulos. Os recursos obtidos serão depositados no Fundo Ambiental de Mudanças Climáticas para o financiamento das ações de conservação e manutenção do Ejido San Nicolás Totolapan.

No México, ‘ejido’ é uma sistemática de posse e uso da terra por uma comunidade de pessoas, institucionalizada após a Revolução Mexicana, e descrita na Lei Agrária (26 de fevereiro de 1992), que regulamenta o Artigo 27 da Constituição.

Portanto, além de procurar promover o desenvolvimento com baixa intensidade de carbono, conforme estabelecido pelo Programa de Ação Climática da Cidade do México 2014-2020, as ações visam atender às necessidades das comunidades rurais e incentivar a conservação das florestas.

EMISSÕES E O MECANISMO DE COMPENSAÇÃO

O transporte é o setor com a maior geração de gás com efeito de estufa (GEE), de acordo com o Inventário de Emissões 2016, que mostra estarem osônibus das concessionárias em segundo lugar quanto a emissões dióxido de carbono equivalente, com 563 mil toneladas, enquanto os microônibus produzem 880 mil toneladas.

A nota destaca a importância de as concessionárias de transporte públicoparticiparem ativamente de ações que promovam o desenvolvimento sustentável e boas práticas que possam ser replicadas nas diferentes rotas de transporte coletivo que operam em nossa cidade.

A emissão de títulos de carbono florestal é um mecanismo financeiro que ajuda a mitigar as emissões de gases (GEE) que causam as mudanças climáticas. A Cidade do México é a primeira entidade da América Latina a utilizar este instrumento, registrado na ClimateAction Reserve (CAR) do Estado da Califórnia.

Cada bônus de floresta equivale a 1.000 kg de carbono capturado da atmosfera, que pode ser vendido e comprado e, ao mesmo tempo, manter as árvores que o capturaram em pé. De janeiro de 2017 a agosto de 2018, um total de 10.235 toneladas de dióxido de carbono foram capturadas na floresta de Ejido San Nicolás Totolapán, quantidade de emissões equivalente à que é gerada por 3.239 carros particulares durante um ano.