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Recuperação da Linha 1 após choque de trens

Categoria: Matérias

Publicado em 16 mar 2020

5 minutos

Recuperação da Linha 1 após choque de trens

Três estações da Linha 1 do Metrô da Cidade do México –Observatorio, Tacubaya e Juanacatlán – terminaram a segunda semana de março de 2020 fora de operação em razão do acidente acontecido às 23h37 da terça-feira 10 de março de 2020, na estação Tacubaya. O acidente deixou um morto e 16 pessoas feridas foram hospitalizadas, das quais dois continuavam internadas no final de semana.

A Linha 1 conta com 20 estações. As estações afetadas se encontram em uma das pontas da linha; o trecho que elas atendem passou a ser coberto por um esquema emergencial de transporte que inclui 38 ônibus da Rede de Transporte de Passageiros (RTP), 16 ônibus da Secretaria de Segurança Cidadã e quatro unidades que operam em corredores sob concessão.

A direção do Metrô da Cidade do México anunciou para a terça-feira 17 de março de 2020 a retomada das operações em todas as suas estações da Linha 1. Até lá, continuará o serviço provisório de Pantitlán a Chapultepec  nas 17 estações não afetadas da Linha 1.

Para garantir a segurança dos usuários, para a segunda-feira 16 de março, foram programadas ações de levantamento e nivelamento, além de testes de trens para certificar a circulação dos trens.

TERCEIRO ACIDENTE GRAVE

Inaugurado em 1969, o Metrô da Cidade do México tem 12 linhas com 163 estações e extensão total 226,44 km. Apenas duas das linhas são férreas, as outras – incluindo a Linha 1, na qual aconteceu o recente choque de trens – operam com rodas pneumáticas. Todas as linhas permitem conexão com outras linhas do metrô.

Este foi o terceiro grave acidente ocorrido em toda a história do Metrô da Cidade do México. O primeiro deles e o mais grave aconteceu às 9h40 do dia 20 de outubro de 1975, na estação Viaducto, Linha 2, com 31 mortos e 70 feridos. O outro aconteceu em maio de 2015, na estação Oceanía, da Linha 5, com o registro de seis pessoas feridas.

INVESTIGAÇÃO

A diretora geral do Sistema de Transporte Colectivo (STC), que opera o Metrô, Florencia Serranía Soto, destacou os trens possuem caixas com sensores que permitirão saber segundo a segundo o que aconteceu com os dois trens envolvidos na colisão.

Essas caixas foram entregues ao Procurador Geral de Justiça da Cidade do México eserão examinadas no contexto de um inquérito aberto para determinar causas do acidente e as responsabilidades pelo ocorrido. Além disso, segundo informou Florencia Serranía Soto, há a colaboração de um certificador internacional, “uma entidade que dará uma opinião final e imparcial sobre o que aconteceu”.

RECUPERAÇÃO DA LINHA

O Governo da Cidade do México informou que nos primeiros dias cerca de 150 trabalhadores do Metrô foram mobilizados para a recuperação da Linha 1.

Os trens foram desmontados sem afetar os trilhos, de acordo com operação realizada pela área de material rodante e toda uma equipe de engenheiros colaboradores.

Na quinta-feira, 12 de março, enquanto os trabalhos continuavam na estação de Tacubaya, o Sistema de Transporte Coletivo (STC) relatou que um dos trens envolvidos no acidente já havia sido desacoplado, permitindo mais espaço para as ações de remoção das unidades danificadas.

Também naquela data foi ampliado para 200 o número de pessoas envolvidas no trabalho de remoção das composições, com a participação de 28 membros do Corpo de Bombeiros.

Para realizar as tarefas de remoção das composições danificadas, técnicos e engenheiros do STC recorreram à instalação de chicotes com cabos de aço para endireitar um dos trens e, com a ajuda de equipamentos hidráulicos, colocá-lo em seu eixo.

Equipesda STC das áreas de material circulante, instalações fixas, rede de alta e baixa tensão e combate a incêndio trabalhavam nas ações para agilizar a transferência dos trens para a Oficina de Zaragoza.

Entre os equipamentos utilizados na área de trabalho estão colchões pneumáticos, fechaduras circulares, macacos hidráulicos, além de material de corte de chama, esmeril, máquinas de corte a plasma e lâmpadas para detectar a presença de corrente.

Existem também plataformas com um guindaste para carregar e descarregar materiais e equipamentos, veículos ferroviários e transporte de pessoal.

O STC fornece aos trabalhadores – e substitui, quando necessário – capacetes de solda, luvas, respiradores e joelheiras.

CONCLUSÃO

Nas primeiras horas do domingo, 15 de março de 2020, foi concluída a remoção dos 18 vagões dos dois trens envolvidos no incidente na estação de Tacubaya, na Linha 1.

Os carros foram transferidos para o armazém da Oficina Zaragoza, alguns deles rebocados com veículos de tração com motores de combustão interna, o que permite a realização de trabalhos para liberara via nos dois sentidos.

Entre as ações realizadas no domingo estiveram a substituição e o reparo das seções danificadas da barra de guia, estimadas em 160 metros, que incluem um espaço da estação de Tacubaya dentro do túnel em direção em direção à estação Observatório.

Da mesma forma, 100 isoladores localizados na pista foram substituídos; houve revisões e reparos na tubulação e no sistema de sinalização. Também foi feita a substituição da fiação de baixa tensão.

Essas ações foram possíveis devido ao trabalho e esforço das equipes de material circulante, estradas, trabalhadores de alta e baixa tensão, rede de combate a incêndios, automação e controle, sinalização, pilotagem automática, segurança e higiene industrial, além de 28 membros do Corpo de Bombeiros de Tacubaya.

Fotos dos trabalhos de reabilitação da via

Estas são fotos dos trabalhos de recuperação do trecho acidentado da Linha1, feitas pelo Metrô da Cidade do México.

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