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Em 2018, o número de mortes em acidentes de trânsito no Uruguai deve chegar a 514, 13,9% a mais que em 2017

Categoria: Matérias

Publicado em 22 dez 2018

4 minutos

Em 2018, o número de mortes em acidentes de trânsito no Uruguai deve chegar a 514, 13,9% a mais que em 2017

O documento Resultados Preliminares – Sinistralidade em 2018, emitido em meados de dezembro pela Unidade Nacional de Segurança Viária (Unaev) da Presidência da República Oriental do Uruguai, mostra que de 1º de janeiro a 9 dezembro de 2018, em todo o país, um total de 24.285 pessoas ficaram feridas em ocorrências de trânsito, o que significa uma média diária de 71 vítimas, incluindo feridos de qualquer nível de gravidade e mortos.

O resultado referente a todo o país mostra um aumento de 13,9% no total de mortes em acidentes de trânsito em relação ao mesmo período do ano passado, tendo sido registradas 483 mortes até o dia 9 de dezembro do corrente. Um total de 514 mortes são estimadas como o registro anual final (estimativa linear).

Estima-se que haverá 25.843 feridos em acidentes de trânsito para o ano em curso, representando uma diminuição de 7% em relação a 2017. Do número total de feridos, 2% morrem, 12% ficam gravemente feridos e 86% ficam levemente feridos.

SEM ÊXITO

O resultado mostra que o Uruguai não está conseguindo acompanhar os números da curva de redução de mortes no trânsito correspondente à Década de Ação para a Segurança Rodoviária 2011-2020 globalmente convocada pela ONU em 2010 com o objetivo fazer com que cada país, em dez anos, reduza em 50% o número de mortes no trânsito.

Nos dois primeiros anos da Década de Ação, a busca pareceu ter algum sucesso: em 2011, havia 572 mortes para uma meta de 550 e, em 2012, 510 mortes para uma meta também de 550.

A partir de 2013, no entanto, o sucesso parece ter se dissipado; nesse ano, houve 567 mortes para uma meta que previa queda para 540; em 2014, 538 morreram quando a meta era reduzir para 515; em 2015, 506 morreram em quanto o esforço era para que o número de mortos não passasse de 480 e, em 2016, 446 morreram por uma meta estipulava queda para  425.

Em 2017 e agora, quase o final de 2018, um novo impulso de crescimento do número de mortes foi observado: 470 mortes em 2017 para um alvo de 380, e em 2018, pelo menos, 514 mortes (projeção linear), quando o objetivo era reduzir esse índice para 335

Até 2019 a meta é ter um máximo de 300 mortes e, em 2020, 278 mortes, o que reduziria os 50% em relação aos 556 óbitos observados em 2010.

OUTRAS INFORMAÇÕES

Segundo o documento da Unaev, do número total de mortes, 48% morreram em um acidente de trânsito ocorrido nas rotas nacionais, sendo os demais 52% nas cidades e vias departamentais.

Com relação ao sexo das pessoas que morreram, 8 de 10 eram homens.

Os padrões de idade se repetem nos falecidos já vistos em relatórios anteriores, com picos naqueles com mais de 70 anos (14% do total de óbitos) e em jovens de 20 a 24 anos (13% do total de óbitos).

Do total de óbitos no país no referido período, 45% estavam em motocicleta quando ocorreu o acidente (215 motociclistas perderam a vida), mantendo a relevância desses usuários na mortalidade em trânsito.

Apenas em cidades e estradas departamentais, motociclistas atingir 59% dos óbitos nessa jurisdição, enquanto 23% são pedestres e ciclistas 4%; que somam 86% do total de mortes em cidades e estradas departamentais.

Por outro lado, os protagonistas de acidentes de trânsito fatais em rotas nacionais, tornam-se os ocupantes de carros e caminhões (motoristas – passageiros), atingindo 53% do total desta jurisdição.

Um total de 11,211 controlos realizados condutores envolvidos em acidentes de trânsito em todo o país durante o período mencionado em 92,8% dos casos foram relatados resultados negativos, isto é, sem a presença de álcool, proporção ligeiramente inferior registrados no mesmo período do ano de 2017 (93,4%).

Isso implica que 7,2% dos motoristas (810) que participaram de acidentes de trânsito foram detectados presença de álcool.

Nos dias úteis, os motoristas detectados com álcool medem 4,1% do total, aos sábados crescem 13,3% (mais de 3 vezes mais) e aos domingos sobem para 19, 4% (quase 5 vezes maior).

No caso dos motociclistas que participaram de um acidente de trânsito, o uso de capacete de proteção em todo o país é de 77%.

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