Falando a estudantes, o presidente da Associação Mexicana de Transporte e Mobilidade (AMTM), Nicolás Rosales, expressou que a eletromobilidade requer um marco regulatório, e observou que até agora no país não foi definido um modelo de negócios pelas autoridades, nem há infraestrutura para recarga

Em março passado, o presidente da Associação Mexicana de Transporte e Mobilidade (AMTM), Nicolás Rosales Pallares, participou da sessão intitulada O futuro do transporte de baixas emissões e da eletromobilidade, que fez parte da 10ª Expo Conexión Transporte, organizada por estudantes da Unidade Profissional Interdisciplinar de Engenharia e Ciências Sociais e Administrativas (UPIICSA) do Instituto Politécnico Nacional (IPN).

Rosales argumentou que a implementação da eletromobilidade no transporte público requer um marco regulatório e condições de igualdade para os participantes.

Ele apontou que, até agora, no México, nenhum modelo de negócio foi definido pelos governos federal ou estadual, não há infraestrutura para recarga, a indústria não está regulamentada, não há acesso a financiamento para atender os preços das unidades, os termos das concessões não foram definidos, o tipo de operação é desconhecido, e nenhum sistema de incentivos foi estabelecido.

Segundo o presidente da AMTM, os operadores mexicanos de transporte não representam nenhum interesse para os bancos do país, razão pela qual é necessário buscar financiamento para a aquisição de ônibus elétricos em outros lugares.

Ele explicou que no modelo adotado no Chile, os recursos vieram dos fabricantes de veículos, mas o projeto foi liderado pelo governo nacional, motivo porque ele pediu que a eletromobilidade no México fosse consolidada como um assunto de colaboração entre os governos federal e estaduais.

Embora ele tenha reconhecido que a eletromobilidade hoje não é mais uma moda, mas “uma realidade que nos pegou”, Nicolás Rosales esclareceu que nem todas as cidades têm a mesma demanda, portanto haverá algumas cujas características e planos urbanos posterguem os veículos elétricos e optem pelo caminho da energia limpa, que pode ser diesel com baixo teor de enxofre, gás ou, num futuro muito próximo, hidrogênio.

IMPORTÂNCIA DA ACADEMIA

Finalmente, o presidente da AMTM lembrou que, no trabalho colaborativo necessário para o transporte público e a mobilidade, um “fator muito importante” é a academia, pois “em todo o mundo ela é uma parte fundamental do desenvolvimento sustentável” e lembrou que a AMTM, desde sua criação em 2008, teve o apoio acadêmico e a presença de estudantes em todos os seus congressos.

Convite aos estudantes. Nicolás Rosales convidou os estudantes da UPIICSA para participar do 14º Congresso Internacional de Transporte, que será realizado nos dias 26 e 27 de abril de 2023, no Centro Cultural Jaime Torres Bodet do IPN, Unidade Zacatenco. O evento é gratuito, após a inscrição no site https://citamtm.org.