Simulação de incêndio no Metrô de Quito

O Metro de Quito informou que na quinta-feira, 19 de janeiro de 2023, foram realizadas ações de emergência para uma simulação de incêndio na estação Cardenal de la Torre do sistema, localizada ao sul da cidade.

É importante especificar que há apenas um mês – 21 de dezembro de 2022 – o Metrô de Quito começou oficialmente a operar, com a fase 1, denominada ‘indução estática’, na qual as ‘estações de aprendizagem’ foram colocadas a serviço dos moradores de Quito.

Uma segunda fase, de indução ao movimento, começou em 5 de janeiro de 2023, envolvendo a interligação física, tarifária e operacional do subsistema integrado ao sistema de transporte.

As ações de emergência simuladas corresponderam a um exercício de evacuação devido a incêndio na plataforma em que participaram 100 pessoas e equipas do Corpo de Bombeiros, da Agência Metropolitana de Trânsito, do Corpo de Agentes de Controlo Metropolitano, da Polícia Nacional, da Secretaria-Geral de Segurança e Governação, em além de seguranças da empresa Quito Metro.

Este exercício faz parte da implementação dos protocolos do Sistema Integrado do Metrô de Quito e permite ajustes na operação dos sistemas de segurança e emergência. Técnicos da operadora EOMMT S.A.S. participaram do simulado, contribuindo com as ações interinstitucionais realizadas.

CENÁRIO DE INCÊNDIO

A simulação foi a de uma cena de incêndio dentro da estação, com a participação de duas estações próximas do Corpo de Bombeiros, além disso, funcionários do Corpo de Agentes Metropolitanos e da Polícia Nacional participaram dessas tarefas orientando as pessoas que estavam no local para evacuar para a superfície.

É importante referir que em caso de emergência a primeira ação é alertar, através do sistema de telecomunicações TETRA, o Ponto de Controle Local (PCL) e deste, o Posto de Controle Central (PCC) localizado nas instalações das Oficinas e Garagens em Quitumbe que, por meio de canal e pessoal exclusivos, atuam em conjunto com a ECU 911 (serviço nacional integrado de segurança para resposta imediata e integral a emergências em território equatoriano), para alocar pessoal de segurança ao local onde ocorrer a emergência. Toda a situação foi monitorada por videomonitoramento do Posto de Controle Central.

“Como parte das atividades que a operadora deve realizar antes da operação da Primeira Linha do Metrô de Quito, refiro-me à associação entre o Metrô de Medellín e a Transdev, foram propostos vários planos de emergência, os mesmos que foram socializados com entidades de resposta como bombeiros, Polícia Nacional, ECU 911 e autoridades municipais, cada um desses protocolos e modelos de atuação em casos de emergência são testados”, disse Roberto Custode, Gerente de Operações do Metrô de Quito.

O objetivo deste exercício foi demonstrar o trabalho realizado para proporcionar segurança aos cidadãos. No entanto, o funcionário indicou que este não é o único protocolo, existem outros que foram desenvolvidos para que o sistema do Metrô de Quito tenha todas as medidas necessárias para o seu funcionamento ideal.

Alerta iniciou o exercício

O alerta foi ouvido às 15h21 pelo sistema de som com alto-falantes integrados à estação e os seguranças orientaram imediatamente as pessoas que estavam no local a sair pelas portas de emergência do sistema.

Os membros do Corpo de Bombeiros deslocaram-se imediatamente ao local, desceram ao local do simulacro e procederam à extinção do mesmo; pessoal externo foi destacado para prestar cuidados de primeiros socorros. Em toda a estação há sinalização que informa sobre os pontos de saída de emergência.

No final do exercício, Roberto Custode fez uma avaliação e destacou o trabalho articulado entre os diferentes atores e as respostas de segurança fornecidas. “Tivemos a participação do Corpo de Bombeiros, a rápida evacuação das pessoas que estavam na estação e também avaliamos a resposta de todos os órgãos de controle com os quais estamos interagindo”.

Por meio de notificação das rádios Tetra, às 15h44, foi informado que a linha do Metrô de Quito foi normalizada, pois foi constatado que a ocorrência foi atendida e não houve risco para os usuários do transporte na estação. “Ou seja, em 23 minutos a situação foi controlada, sendo assim um exercício bem-sucedido”, refere um comunicado da empresa operadora.

O plano de segurança faz parte de um projeto maior relacionado com todas as respostas de emergência estudadas e desenvolvidas, as quais têm sido partilhadas com as respetivas instituições.

Por sua vez, o Gerente Geral do Metrô de Quito, Efraín Bastidas, destacou simultaneamente desde o Posto Central de Controle, onde supervisionava o funcionamento estratégico das ações interinstitucionais, assinado um acordo com ECU 911, para garantir todas as operações e atividades de resposta de emergência a desastres como o mencionado. Isso implica uma interação permanente diretamente do Posto Central de Controle com o centro de gerenciamento da ECU 911. Ele pediu aos cidadãos que confiem nos órgãos de controle e nos sistemas nacional e metropolitano para lidar com qualquer tipo de emergência.