
Nesta segunda semana de novembro de 2022, a Autoridade de Transporte Urbano de Lima e Callao (ATU) assinou o contrato com um consórcio mexicano-canadense para a execução do Plano de Mobilidade Urbana 2022-2042, documento que será o primeiro instrumento de planejamento que vai definir o deslocamento da população nas duas cidades para os próximos 20 anos.
A entidade especificou que este plano definirá as estratégias, políticas e projetos que permitirão a mobilidade urbana sustentável, integrada e saudável para Lima e Callao.
CARACTERÍSTICAS
Nesse sentido, serão avaliadas as formas de mobilização de pessoas e bens na cidade e, com base nisso, serão propostas as formas mais eficientes e sustentáveis de fazê-lo.
No processo, serão coletadas informações sobre as origens e destinos dos usuários, a quantidade de veículos que utilizam para se deslocar, as frequências e horários de maior demanda de deslocamento, entre outros aspectos, para o planejamento da mobilidade intermodal.
Conforme declarado oficialmente pela ATU, a iniciativa representa uma mudança na abordagem do planejamento urbano para focar nos usuários, nas vias necessárias para facilitar a mobilidade dos pedestres e meios de transporte mais sustentáveis, como a bicicleta.
SELEÇÃO DO CONSULTOR
Para selecionar o consultor que executará este projeto, foi realizada uma licitação internacional por meio de convênio firmado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O processo contou com a participação de consórcios de países como Japão, Espanha, França, México e Chile. Destas empresas, duas licitantes cumpriram com a apresentação de suas propostas técnicas e econômicas, conforme o prazo estabelecido.
Após realizar a avaliação técnica e econômica, o Comitê de Seleção declarou vencedor o consórcio mexicano-canadense FOA-IBI-AIC, liderado pela empresa Felipe Ochoa y Asociados S.C. (Consultores FOA). Esta consultoria terá um prazo de execução de 378 dias efetivos, estimando-se a sua conclusão no final de 2023.
A ATU destaca que o Plano de Mobilidade Urbana (PMU) tem uma abordagem altamente participativa e envolverá todos os atores da mobilidade urbana, tanto autarquias locais como o governo central, operadores, usuários e sociedade civil organizada. Além disso, será realizado em harmonia com os planos de desenvolvimento metropolitano das províncias de Lima e Callao.