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Projeção mostra que a produção de ônibus no Brasil deverá crescer 17,36% em 2022. E um seminário revela o desempenho da indústria brasileira de veículos e implementos para o transporte

Categoria: Matérias

Publicado em 3 jan 2022

17 minutos

Projeção mostra que a produção de ônibus no Brasil deverá crescer 17,36% em 2022. E um seminário revela o desempenho da indústria brasileira de veículos e implementos para o transporte

Ruben Bisi

Depois de dois anos seguidos de queda, a produção brasileira de ônibus alcançará 14.611 unidades em 2022, o que representará crescimento de aproximadamente 17,36% na comparação com os resultados de 2021, quando foram produzidas 12.450 unidades. A projeção foi apresentada por Ruben Bisi, diretor do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE) e presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (FABUS), ao participar virtualmente, em 16 de dezembro de 2021, do seminário anual do SIMEFRE.

O resultado de 2021 foi o pior que o setor alcançou nos últimos 11 anos, tendo significado retração de 23,71% sobre o total de 16.320 unidades produzidas em 2020 e redução de 43,91% sobre o total de 22.197 unidades produzidas em 2019. Todos esses valores estão muito abaixo da produção alcançada nos três primeiros anos da última década: 35.511 unidades em 2011, 32.548 em 2012, e 32.691 em 2013. Em linhas gerais, os números ruins refletem as condições impostas pela pandemia.

Ruben Bisi mostrou também dados segmentados da projeção referente ao próximo ano. Em comparação com 2021, os resultados em 2022 deverão ser positivos em três dos quatro segmentos do setor. Serão produzidos 6.062 ônibus urbanos (foram 5.082 em 2021); 3.625 ônibus rodoviários (contra 2.901 produzidos em 2021) e 3.452 micro-ônibus (em contraposição com os 2.856 fabricados em 2021). Apenas os ônibus do tipo intermunicipal deverão apresentar desempenho inferior no próximo ano: espera-se a produção de 1.472 unidades em 2022 contra 1.611 contabilizadas em 2021.

Quanto ao mercado interno, a projeção mostra a expectativa de colocação de 11.937 veículos em 2022, representando incremento de 16,24% sobre os 10.269 veículos produzidos em 2021.

O mercado interno absorveu 4.362 ônibus urbanos em 2021 – a expectativa é que esse número alcance 5.234 unidades no próximo ano. Absorveu também: 1.659 ônibus rodoviários – serão 2.073 em 2022; 1.554 ônibus intermunicipais – neste caso, há uma expectativa de retração das vendas no próximo ano, para 1.398 unidades; e 2.694 micro-ônibus – serão 3.232 em 2022.

Com relação ao mercado externo, a projeção revela a expectativa de colocação de 2.674 veículos em 2022, representando crescimento de 22,60% sobre os 2.181 veículos comercializados em 2021.

Em 2021, foram designados para o mercado externo 720 ônibus urbanos – deverão ser 828 em no próximo ano. Foram também destinados ao Exterior neste ano: 1.242 ônibus rodoviários – a projeção para 2022 é de 1.552 unidades; 57 ônibus intermunicipais – serão 74 no próximo ano; e 162 micro-ônibus – a expectativa é de 220 unidades para 2022.  

FATORES POSITIVOS PARA 2022

Em uma rápida análise, Rubens Bisi indicou os fatores positivos previstos para 2022. Um deles é a perspectiva de crescimento do PIB, em 2021 e em 2022.

O dirigente destacou que os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) revelam um crescimento estável do nível de emprego formal, explicando que esta informação, além de ser boa notícia por si só, é também importante para o setor de mobilidade, pois significa o aumento da demanda de transporte para deslocamento das pessoas empregadas.

Bisi sublinhou como positivo o forte investimento previsto para o setor infraestrutura. Ele disse que o transporte de funcionários das empresas responsáveis pelas obras e também e o transporte de pessoas das mineradoras impactam positivamente o setor de fretamento.

Outro ponto indicado como favorável para o setor no próximo ano diz respeito ao encaminhamento das reformas tributária, administrativa e outras, iniciativas que tendem a melhorar o ambiente de negócios.

Também é tida como positiva a vacinação, que trouxe o término das restrições de circulação das pessoas, embora persista a preocupação em relação à variante ômicron.

Rubens Bisi afirmou que, em razão da quantidade de vacinados, vem sendo possível no Brasil o desenvolvimento de atividades que se baseiam na aglomeração de pessoas, o que favorece o transporte público. “A retomada do turismo já é um fato. Neste último trimestre de 2021, todas as regiões turísticas do país já estão tomadas. Assim, temos um aumento do turismo interno, que é beneficiado também pelo fato de haver restrições de voar para a Europa e outros destinos no Exterior. E temos aí muitos movimentos feitos pelo Ministério do Turismo. Estamos sentindo fortemente a compra de ônibus de turismo”.

A retomada das exportações, principalmente para a África, tem demonstrado um ritmo constante e esse aspecto foi descrito pelo dirigente como alentador.

Bisi referiu também o novo pregão do programa Caminho da Escola, que tem por objetivo renovar, padronizar e ampliar a frota de veículos escolares das redes educação básica pública em nível municipal, estadual e do Distrito Federal. Ele disse que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) fez recentemente um pregão no qual foram licitadas 7 mil unidades e que há notícias no sentido de que em janeiro de 2022 haverá mais uma licitação, desta feita referente a 7,5 mil unidades. Sobre a possibilidade de aproveitar uma eventual nova licitação, comentou: “Evidentemente nós estamos com problemas de falta de chassis, falta de componentes, pneus, semicondutores e este é um fator restritivo para tenhamos outras 7.5 mil unidades no próximo ano”.

O dirigente abordou o tema da entrada em vigor, em 2023, do conjunto de normas Euro 6/Proconve P-8 referente às emissões para veículos automotores pesados novos, de uso rodoviário no país. Ele disse que em razão disso, o setor acredita que haverá uma compra antecipada: o mercado acelerará as compras de produtos Euro 5 em 2022, visto que em 2023 só seria possível comprar veículos Euro 6, que são mais caros e não trazem uma redução do consumo de combustível, valendo basicamente por seus benefícios ambientais.

“PONTOS FOCAIS DE ATENÇÃO”

O representante do SIMEFRE e da FABUS também comentou rapidamente um conjunto de “pontos focais de atenção”, entre os quais está a desoneração da folha, que foi aprovada no Congresso Nacional e agora vai para sanção presidencial. “Esperamos que o presidente possa sancionar antes do final do ano”, disse.

Outro ponto é o esforço no sentido de construir o Marco Legal do Transporte Público, considerado importante porque, da forma como está estruturado, o sistema atualmente em vigor não se sustenta. “Temos duas iniciativas muito importantes. Uma delas é um projeto de lei do senador Antonio Anastasia –PL 3278/21, que tramita no Senado. A outra diz respeito à constituição de um fórum consultivo do Ministério Desenvolvimento Regional, do qual algumas entidades representativas do setor fazem parte, e que objetiva discutir uma ajuda emergencial para o setor e, também, uma reestruturação do transporte público, considerando alguma forma de mudar a contratação, a remuneração e as receitas extratarifárias”.

Rubens Bisi ressaltou ainda a existência de testes de um programa de renovação veicular em três diferentes segmentos. Ele informou que está sendo desenvolvido um piloto de renovação de caminhões em Minas Gerais e que, em janeiro e fevereiro de 2022, será desenvolvido no Rio Grande do Sul um piloto referente à renovação de ônibus. Além disso, haverá iniciativa similar no tocante aos semi-reboques, neste caso, em Santa Catarina. “Trata-se de uma forma de criar um mercado. O governo federal deverá buscar a aprovação do programa no Congresso. A ideia é tirar veículos com mais de 30 anos de circulação. E no caso de ônibus e carretas, retirar os veículos com mais de 20 anos”.

Bisi afirmou ainda que o SIMEFRE e a FABUS, ao lado de outras entidades, estão trabalhando no sentido de reduzir o chamado “custo Brasil”, com 12 grupos que estudam medidas a respeito. 

Por fim, o dirigente mencionou o esforço do setor para buscar junto ao BNDES financiamento concernente ao mercado interno “mas, principalmente, no sentido de manter o Fundo Garantidor de Crédito para Exportação”.

Outros setores da indústria brasileira de veículos e implementos para o transporte

O encontro anual do SIMEFRE vinha sendo tradicionalmente realizado no edifício sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), na Avenida Paulista, mas, em 2020, em razão da pandemia, aconteceu por meio de uma plataforma virtual. Com a disseminação da vacinação e a retomada gradual das atividades coletivas, neste final de 2021, o seminário foi desenvolvido em formato misto, com transmissão virtual e um número reduzido de expositores e espectadores presentes ao auditório.

A estrutura do encontro foi preservada, com uma manifestação inicial do presidente da entidade, José Antônio Fernandes Martins e uma sequência de relatos sobre resultados e perspectivas dos diferentes setores que compõem, além de conferências de convidados especiais.

Em uma rápida exposição virtual, o especialista Antônio Lúcio Molognoni traçou um quadro das relações trabalhistas no período. Houve também uma análise das perspectivas econômicas a cargo do economista Antônio Lanzana. Participaram ainda políticos como o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, que, entre outros pontos, falou sobre a 5G e a Tecnologia das Coisas, e os deputados federais Mauro Pereira, que compunha a mesa de honra do encontro, e General Petternelli, que participou por meio de plataforma virtual.

DUAS RODAS

Segundo Hilário Kobayashi, o setor de motocicletas comemorou o crescimento de 26,8%, puxado pelo aumento de demanda pelo delivery, que aumentou por conta da disseminação da prática de home Office e também pela mobilidade individual.

Cyro Gazzola explicou que o segmento de bicicletas atingiu um crescimento acumulado de janeiro a novembro de 2021 de quase 16%. Para o fechamento de 2021, havia a expectativa de chegar próximo dos 20%. “É um grande êxito. É o segundo ano consecutivo de crescimento acelerado que estamos vendo e graças à busca da bicicleta como uma alternativa de lazer, de transporte, de interação com a família”.

Explicando a situação do segmento de partes e peças para veículos de duas rodas, o empresário Auro Levorin afirmou que o setor apresentou crescimento de cerca de 15%, que, não obstante, poderia ter sido melhor. “Tivemos impacto importante da falta de insumos para a produção dos nossos produtos e isso atrapalhou o crescimento”, disse.

IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS

De acordo com o vice-presidente SIMEFRE Alcides Braga, o setor de implementos rodoviários está otimista quanto ao próximo ano.  “A expectativa do setor para 2022 é entregar ao mercado 165 mil unidades, sendo 90 mil na linha pesada e 75 mil na linha leve. Existem muitas ações de investimento de longo prazo que nos fazem ter otimismo, e se não crescermos, pelo menos vamos repetir este ano”, disse o empresário.

INDÚSTRIA FERROVIÁRIA

Massimo Giavina Bianchi informou no encontro que a indústria ferroviária não teve encomendas em 2021 e não as terá para 2022; asseverou que existem perspectivas, mas frisou ser necessário que o setor consiga apoio político para avançar. “Se não tivermos alavancagem política, não iremos a lugar nenhum”, disse.

Sumarizando o que chamou Relatório 2021, o dirigente destacou a ocorrência da concessão das Linhas 8 — Diamante e 9 — Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) “com critérios que dão segurança jurídica”. E mencionou a retomada da Linha 6 — Laranja do sistema de metrô da capital paulista, cujas obras estão sendo tocadas por um consórcio liderado pela empresa espanhola Acciona.

“Nos dois casos, os concessionários optaram por comprar o material rodante da indústria brasileira, enxergando a importância do setor no Brasil”, ressaltou, explicando que esses contratos gerarão encomendas “muito importantes” em 2023. Serão 40 trens para a Linha 6 — Laranja e mais 15 trens para as linhas 8 — Diamante e 9 — Esmeralda. O setor trabalha também com a perspectiva de exportação de 35 trens para o Chile.

Em outro momento da exposição, o dirigente garantiu que a indústria ferroviária deverá entrar na Justiça contra eventual decisão do Governo do Estado de São Paulo que não garanta isonomia em um processo em andamento visando à aquisição de 44 trens para o Metrô de São Paulo. Acrescentou que recentemente o setor relançou o movimento Brasil Trem Jeito, com diversas ações, inclusive para que seja atendida a isonomia nas concorrências internacionais.

O dirigente destacou também o fato de o Metrô do Rio ter sido adquirido por fundo investido controlado pelo Grupo Mubadala — o que foi anunciado no mês de novembro de 2021. Qualificou de “uma luz no fim do túnel” a solução quanto ao sistema de trilhos de Belo Horizonte, em Minas Gerais, com a aprovação da privatização, investimentos e extensão da rede.

Lembrou que foi dada continuidade ao projeto de implantação de 11 quilômetros de linha no sistema de VLT da Baixada Santista, o que deverá gerar encomendas para 2023.

Massimo Giavina  assegurou que a indústria ferroviária seguirá buscando reverter a decisão do Governo do Mato Grosso de substituir o VLT de Cuiabá por um sistema de BRT. Segundo argumentou o empresário, uma vez efetivada, essa decisão significaria a perda de R$ 1 bilhão (USD 177.27 milhões) do montante de R$ 1,2 bilhão (USD 212.69 milhões) já investido no VLT com a aquisição de 40 trens e a implantação de vias, e exigiria mais R$ 1 bilhão (USD 177.27 milhões) de novos investimentos para implantação do BRT, enquanto para viabilizar o VLT bastariam mais R$ 500 milhões (USD 88.65 milhões).

O dirigente do SIMEFRE assegurou que a indústria ferroviária terá como uma de suas grandes bandeiras em 2022 o apoio ao projeto de lei 3278/21, do senador Antônio Anastasia, relativo à regulamentação do transporte público de passageiros. Na visão do dirigente empresarial, ao texto desse projeto deve ser adicionado dispositivo criando a figura da Autoridade Metropolitana de Transporte.

Massimo Giavina Bianchi elogiou a mudança feita pelo atual governo no programa Renovação de Frota do Transporte Público Coletivo Urbano de Passageiros Sobre Trilhos (Retrem),  mas argumenta que será necessário “um ajuste”, porque no atual formato o programa  ”dá abertura para o chinês pegar financiamento”.

O dirigente disse que a indústria ferroviária deverá solicitar apoio dos meios de comunicação especializados do setor – ele mencionou as publicações Transporte Moderno e Revista Ferroviária — para a realização de um ciclo de conferências sobre a importância da matriz de transporte nas cidades, com explicitação do que seja o transporte integrado metropolitano.

Informou também que o setor apoia a concessões referentes ao Trem Intercidades (TIC), que, uma vez implantado interligará São Paulo e Campinas, e do VLT de Brasília.

TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS

Destacado para falar sobre a indústria ferroviária quanto ao transporte de cargas, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER) e dirigente do SIMEFRE, Vicente Abate, abriu sua exposição assinalando   que o Congresso Nacional do Brasil “está respondendo aos anseios da política brasileira” e que no legislativo “o bom senso tem prevalecido”. Ele destacou a efetividade em torno de duas matérias que passaram pelo Congresso.

Uma delas foi o novo marco legal do transporte ferroviário, consubstanciado na Lei 14.273/21 que dois dias antes, em 14 de dezembro de 2021 obtivera sanção presidencial, com vetos.

Em 15 de dezembro foi concluída pela Câmara Federal a votação do projeto de lei que cria o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem, o chamado BR do Mar, em que foi introduzido dispositivo autorizando a prorrogação do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto), defendido pela indústria e pelas concessionárias ferroviárias. Originária da Câmara a matéria havia sido aprovada com alterações pelo Senado e voltou à Câmara para a aprovação final, devendo seguir para sanção presidencial.

Sobre a produção do setor, Vicente Abate mostrou um gráfico geral referente aos últimos 12 anos, comentando que de 2015 para 2019 houve redução da produção de vagões e locomotivas, porque, nesse período, concessionárias entraram com pedido de renovação antecipada de suas respectivas concessões e houve atraso nas definições.  Ele criticou a falta de encomendas mais expressivas por parte das concessionárias — em especial a Vale —, mesmo após ter ficado claro que as renovações antecipadas aconteceriam.

Em 2019, foram produzidos mil vagões; em 2020, houve a produção de 1.700 vagões e para 2021 a previsão é de um fechamento em 1800 vagões. “Está havendo um crescimento, mas muito inconsistente, tanto é que, para 2022, estamos prevendo 1.500 a 1700 vagões” — o que significaria um recuo em relação a 2021. A indústria brasileira tem capacidade instalada para produzir 12 mil vagões de carga por ano.

Sobre as conquistas de alcançadas em 2021, Abate iniciou mencionando o encaminhamento ao Tribunal de Contas da União (TCU) da renovação antecipada da MRS, que aconteceu depois das assinaturas dos contratos referentes da Rumo Malha Paulista e às duas ferrovias da Vale.

Ele disse esperar que se efetivem logo as assinaturas de mais três contratos:  da MRS, no primeiro semestre de 2022; da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), no segundo semestre do próximo ano e “um pouquinho mais adiante” o contrato da Rumo Malha Sul. 

Outra conquista foi o término das obras de melhoria da Ferrovia Norte Sul pela Rumo Logística. A concessionária assinou o contrato de concessão em julho de 2019; de lá para cá, fez todos os investimentos e a partir de 2022 começará a operar integralmente essa ferrovia, entre Estrela d’Oeste (SP) e Porto Nacional (TO).

Houve em abril de 2021 o primeiro leilão de subconcessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1) com contrato com a nova concessionária, a Bahia Mineração S.A. (Bamin) assinado no início de setembro de 2021.

Quanto às ações planejadas para 2022, Vicente Abate aludiu ao programa de ‘desfazimento’ de vagões e locomotivas inservíveis, conforme o Decreto 10.161 do presidente da República; a ideia resolver a situação de 40 mil vagões e 1.400 locomotivas, que estão encostados.  Em alguns casos, esses materiais poderão ser modernizados, mas, na grande maioria, deverão ser sucateados.

Outro ponto mencionado pelo presidente da ABIFER é que o setor buscará Inserir nos contratos das concessionárias ferroviárias a indicação de um prazo de vida útil de vagões de carga, a exemplo do que está estabelecido para locomotivas.

O setor deverá apoiar renovações antecipadas, a nova licitação da Malha Oeste, a realização dos leilões referentes às ferrovias ou trechos ferroviários concernentes à Ferrogrão, Fiol 2 e Fiol 3, a privatização da Ferrooeste, e a elaboração da Política Nacional de Transporte Ferroviário de Passageiros pela Secretaria Nacional de Transportes Terrestres, do Ministério de Infraestrutura.

Ao finalizar, Vicente Abate lembrou a todos que em 2022 acontecerão as comemorações dos 45 anos da ABIFER.

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