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Novidades no Subte

Categoria: Matérias

Publicado em 7 dez 2021

5 minutos

Novidades no Subte

Em 1º de dezembro de 2021, entrou em vigor o novo contrato de concessão para a operação e manutenção do Subte – o sistema de metrô de Buenos Aires – e do Premetro. Durante 12 anos estas funções estarão a cargo da empresa Emova Movilidad S.A. A nota do governo da capital argentina refere-se ao fato como o início de “um novo ciclo de modernização e melhoria tecnológica para os usuários”.

O processo de licitação começou em 2018 e três propostas foram recebidas. Entre o final de 2019 e o início de 2020, duas das empresas – RATP (subsidiária do Metrô de Paris) junto com a Alstom, e Keolis, com Transport for London e Corporación América – anunciaram sua retirada como proponentes, citando uma mudança significativa nas expectativas macroeconômicas do país.

Assim, a empresa que permaneceu em jogo foi o grupo local Benito Roggio Transporte, associado à Metrovías, ao qual foi adjudicada a licitação em 29 de dezembro de 2020.

O contrato entre a Emova Movilidad e a empresa estatal Subterráneos de Buenos Aires foi assinado em 16 de setembro de 2021.

Investimentos. O novo contrato entre Emova Movilidad e Subterráneos de Buenos Aires prevê investimentos em infraestrutura e a incorporação de novas tecnologias com o objetivo de “prestar um melhor serviço” e estabelecer “uma relação mais estreita entre os passageiros e a empresa”.

Foi relatado que as novidades irão melhorar a freqüência e a experiência dos usuários subterrâneos e permitir “um salto qualitativo em termos de tecnologia na rede subterrânea mais antiga da América Latina”.

Remuneração. Um ponto importante é que a empresa será paga de acordo com o cumprimento efetivo do serviço acordado. Em outras palavras, a remuneração será baseada no indicador carro/quilômetro comercial (CKC).

O novo cálculo para o desembolso mensal pelo governo implica um incentivo para que o operador tenha a frota necessária para cumprir o programa operacional e para aumentar a eficiência das oficinas a fim de acelerar e otimizar a manutenção do material circulante.

Extensão. Entre as modificações contratuais, destaca-se também que a concessão será por um período de 12 anos, com possibilidade de prorrogação por mais três anos, ao invés dos 20 anos da concessão anterior. Este é o período mínimo necessário para uma operação lucrativa.

Além disso, o operador será responsável pelos custos resultantes da revisão geral do material circulante, e está previsto um incentivo para um aumento na demanda de passageiros resultante de sua gestão.

Infraestrutura e tecnologia 4.0. Foi relatado que, para garantir e aumentar a disponibilidade dos trens e otimizar a operação das instalações, a Emova investirá na melhoria da infraestrutura, com intervenções nas oficinas da rede, que irão melhorar e agilizar a manutenção da frota, com a promessa de prestar um serviço mais confiável.

De mãos dadas com a digitalização, a proposta da empresa operacional é gerar uma revolução estratégica e operacional para passar da manutenção 2.0 para a 4.0, ou seja, para um esquema de manutenção preditiva, o que envolverá uma reorganização de toda a estrutura.

Com isso, será possível, segundo o governo, antecipar o desgaste natural das escadas, elevadores, trens, trilhos e instalações, e realizar a manutenção a um custo menor e em menos tempo.

Também será desenvolvido um novo sistema de informação ao usuário que permitirá relatar interrupções de serviço em tempo real, conseguindo assim uma comunicação mais direta e imediata.

Um novo canal de serviço ao usuário ‘chat bot’ será aberto através do novo site, que já está operacional – clique aqui para acessá-lo.

Além disso, será iniciada a instalação de placas informativas sobre os próximos três trens: primeiro nas estações da Linha C e depois estendida para toda a rede.

O Subte retorna ao horário em vigor antes da pandemia

Também a partir do primeiro dia de dezembro de 2021, o Subte voltou ao horário de funcionamento normalmente utilizado antes da pandemia.

Assim, de segunda a sexta-feira funciona das 5h30 às 23h30, aos sábados das 6h00 à meia-noite, e aos domingos e feriados das 8h00 às 22h00.

De acordo com informações oficiais, a medida responde ao aumento do número de usuários que foi verificado nos últimos tempos. “Atualmente, quase 50% da população total de pré-passageiros viaja e desta forma será possível acompanhar a demanda derivada da flexibilização das atividades”, diz a nota Subte.

Variações. A empresa estatal aponta que desde o início da pandemia, o sistema tem operado sob um esquema especial para cuidar dos trabalhadores.

Além disso, as variações na demanda foram constantemente analisadas e, com base nisso, as medidas necessárias para prestar o serviço foram definidas em conjunto com as autoridades do Ministério da Saúde. Desta forma, as estações foram abertas e o número de trens foi ajustado.

Os protocolos continuam. Mesmo com o retorno ao horário pré-pandêmico, Subte salienta que os protocolos para o Covid-19 e para o cuidado dos usuários, trabalhadores e empreiteiros da rede ainda estão em vigor.  

A limpeza e desinfecção das estações, trens e superfícies de alto contato continuam a ser reforçadas; foram colocados distribuidores de álcool em gel em todas as estações, e foi acrescentada sinalização para cumprir com as medidas para manter os usuários afastados uns dos outros.

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