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Publicado em 15 ago 2021
5 minutos
Por meio de evento virtual na tarde de 11 de agosto de 2021, a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), do Brasil, com o apoio da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), do Conselho Nacional de Secretários de Transportes (Consetrans) e do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, lançou o documento O Futuro da Mobilidade – A contribuição do transporte público sobre trilhos para uma nova mobilidade, com 48 páginas, em formato virtual, que aponta diretrizes para a reformulação do transporte público no país.
É importante lembrar que a ANPTrilhos, ao lado da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), que congrega as empresas brasileiras de transporte por ônibus urbanos e metropolitanos, trabalha para que o Congresso Nacional inicie a tramitação de proposição visando à reestruturação do transporte público urbano no país, incluindo a instituição de um marco legal para o setor.
O documento lançado agora – e que pode ser baixado por meio de link ao final desta matéria – apresenta as propostas e soluções para que gestores públicos e privados avaliem as medidas adequadas de mobilidade às diferentes realidades das cidades brasileiras.
ESTRUTURA
O documento O Futuro da Mobilidade – A contribuição do transporte público sobre trilhos para uma nova mobilidade está estruturado em sete partes. Inicialmente, há uma explicação sobre o papel da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos.
Os dois segmentos que vêm na sequência focalizam o papel da pandemia como indutora de uma transformação global e sua relevância na mudança das cidades.
Mais adiante, outros dois segmentos evidenciam a oportunidade para a implantação de uma nova mobilidade nas cidades brasileiras, e oferecem informações que caracterizam o Brasil, com 211,8 milhões de habitantes, como um país urbano.
Oito premissas. A parte substantiva do documento lançado pela ANPTrilhos está no capítulo intitulado Premissas fundamentais ao desenvolvimento do transporte público.
Durante sua explanação, o presidente da entidade, Joubert Flores, fez menção a cada uma dessas premissas.
São elas: 1) Promover o planejamento de longo prazo; 2) Priorizar o transporte estruturante e sua integração; 3) Eliminar a sobreposição entre modos de transporte; 4) Financiamento do transporte público coletivo pelo transporte individual, 5) Instrumentos de financiamento de situações de emergência; 6) Financiamento das gratuidades, 7) Maior colaboração e cooperação do poder público com o setor de transportes públicos em emergências; 8) Gestão centralizada para toda a Região Metropolitana.
Papel dos gestores públicos. No último segmento, o documento destaca o papel dos gestores públicos para que a mobilidade seja dignificada nas cidades.
Um trecho destacado do documento assinala: “Os que agora governam têm a oportunidade de promover as mudanças necessárias no cenário de mobilidade urbana, em consonância com o bem público e, portanto, conectados com o que irá gerar satisfação na sociedade. Isso significará a construção de um legado que irá, definitivamente, fazer a diferença na vida dos cidadãos e nas futuras gerações”.
Tipos de transporte sobre trilhos. Em uma parte complementar, o documento mostra que existem diferentes tipos de transporte sobre trilhos, que se adéquam a cada necessidade de mobilidade urbana e metropolitana, mencionando o trem metropolitano, o metrô, o veículo leve sobre trilhos (VLT), o “automated people mover (APM)” e o monotrilho.
Caracterização. Traz também um quadro rápido do total de sistemas urbanos e metropolitanos sobre trilhos no Brasil, informando que a rede soma 1.116,5 quilômetros, com 624 estações, 48 linhas, 5.269 carros de passageiros operacionais, 3,9 bilhões de passageiros transportados por ano e 10,9 milhões de passageiros transportados por dia útil (estes são números do período anterior à pandemia), 39,4 mil funcionários e 1.900 GWH de energia elétrica consumidos.
Benefícios sócio-econômicos. Também são mostrados números que revelam os benefícios sócio-econômicos gerados pela operação dos sistemas eletrificados sobre trilhos no Brasil, como redução da emissão de poluentes e do consumo de combustíveis fósseis, além da redução do número de acidentes automotivos.
PRESENÇAS NO EVENTO
Os trabalho da sessão virtual foram abertos por Roberta Marchesi, diretora executiva, ANPTrilhos. Joubert Flores, presidente do Conselho da entidade, fez a apresentação do documento.
Também se manifestaram no encontro Luiz Fernando Arantes Machado, prefeito de da cidade paulista de Jundiaí e representante da Frente Nacional de Prefeitos (FNP); Valter Casimiro, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Transporte (Consetrans) e secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal; Guilherme Ramalho, presidente do MetrôRio, e o especialista em Mobilidade,Rodrigo Tortoriello, e Glaucia Maia, chefe de gabinete da Secretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento Regional.
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