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VLT Carioca, cinco anos

Categoria: Matérias

Publicado em 13 jul 2021

4 minutos

VLT Carioca, cinco anos

No final do primeiro semestre de 2021, o VLT Carioca completou cinco anos de operação no Centro e Região Portuária da cidade do Rio de Janeiro. A cidade que é o principal cartão de visitas do Brasil ganhou, com esse sistema, uma nova atração para os próprios moradores e para os milhões de turistas.

Inicialmente havia apenas uma linha. Agora, há três linhas em operação, com um total de 29 paradas e estações. Entre junho de 2016 e junho de 2021, mais de 73 milhões de passageiros foram transportados e mais de 760 mil viagens foram realizadas, totalizando quatro milhões de quilômetros percorridos.

A Concessionária do VLT Carioca é uma PPP da Prefeitura do Rio de Janeiro responsável pela implantação, operação e manutenção do Veículo Leve sobre Trilhos no Centro e Região Portuária do Rio. O consórcio responsável pela concessionária é formado pelas empresas do Grupo CCR (CIIS, Invepar e Riopar Participações), Odebrecht Mobilidade, BRt – Benito Roggio Transporte e RATP do Brasil.

O presidente do VLT Carioca, Marcio Hannas mostra que o sistema teve efeito positivo sobre a área da cidade em que circula. “O VLT mudou a cara do Centro do Rio ao longo desses cinco anos e será fundamental no futuro da região, que passa por uma reutilização do território, inclusive com moradias. Ter um transporte público de qualidade na porta de casa será um atrativo muito grande pra essa reorganização”, disse.

Segundo divulga a empresa concessionária, os números de sucesso que o VLT Carioca pode exibir foram alcançados com a manutenção do foco na sustentabilidade. A energia elétrica que move os trens é toda adquirida de fontes renováveis (usinas eólicas, solares e biomassa). Com isso, são mais de oito toneladas de emissão de gases do efeito estufa evitadas anualmente na atmosfera com a redução de carros no Centro do Rio.

CONEXÕES E CONFIANÇA

Concebido como um sistema capaz de oferecer condições de mobilidade para quem chega e se desloca no Centro, o VLT Carioca exemplifica a importância de seu papel pelas paradas de maior fluxo.

Entre as dez mais movimentadas estão as paradas Cristiano Ottoni-Pequena África e Central, que dão acesso a vários modais, mas também Cinelândia e Carioca (metrô), Praça XV (barcas), e os pontos de chegada e saída da cidade (Rodoviária e Santos Dumont).

Outra informação relevante é que as paradas Colombo e Sete de Setembro, pontos de integração entre as linhas do sistema também fazem parte desse grupo de grande fluxo, destacando a importância de deslocamentos internos no Centro.

Os dirigentes da operadora assinalam que ao longo dos cinco anos de operação o VLT Carioca foi capaz de desfazer mitos. A segurança provou-se um valor fundamental e mesmo em um Centro muitas vezes de grande circulação de carros e pessoas, o número de incidentes se manteve reduzido.

Quanto à forma diferenciada de pagamento, os cinco anos de existência do sistema, de acordo com a concessionária, representam também a construção de uma relação de confiança com o usuário. O presidente Marcio Hannas afirma: “A prestação de um bom serviço aliada à fiscalização se reflete na baixa taxa de evasão registrada no período, mesmo com o pagamento espontâneo no interior dos trens”.

TURISMO E BIOSSEGURANÇA

Os dados mostram que embora a maior parte das viagens aconteça por motivo trabalho, o VLT Carioca tornou-se também um indutor do turismo no Centro do Rio do Rio de Janeiro. Isso porque o sistema dá acesso a um conjunto de tradicionais instituições de arte e cultura, como o Centro Cultural Banco do Brasil e o Museu Nacional de Belas Artes, e também às novas atrações como o AquaRio, Museu do Amanhã e Rio Star. O Boulevard Olímpico, construído para os Jogos Olímpicos de 2016, tornou-se um dos pontos mais visitados da cidade.

Desde o início de 2020 surgiu também o desafio da pandemia. Mesmo com menos pessoas circulando no Centro do Rio de Janeiro, o VLT Carioca manteve as três linhas em operação, com os mesmos horários, com execução de atividades como a higienização dos trens ao fim de cada trajeto.

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