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Para o governo chileno, o custo do investimento em um ônibus elétrico coincidirá com o custo dos ônibus diesel já em 2022

Categoria: Informação

Publicado em 29 dez 2019

3 minutos

Para o governo chileno, o custo do investimento em um ônibus elétrico coincidirá com o custo dos ônibus diesel já em 2022

O governo chileno trabalha com a ideia de que o custo do investimento em um ônibus elétrico coincidirá com o custo dos ônibus convencionais já em 2022.

Em 6 de dezembro de 2019, ao apresentar na COP 25, na Espanha, o modelo chileno de eletromobilidade, o Subsecretário de Transporte do Ministério de Transportes e Telecomunicações, José Luis Domínguez, comentou que a eletromobilidade sofreu uma redução de seus custos no setor nos últimos 10 anos.

Ele explicou que atualmente, um ônibus elétrico de 12 metros – como os que circulam em Santiago – custa aproximadamente US $ 290.000, enquanto um ônibus a diesel vale aproximadamente US $ 190.000. Espera-se que até 2022 esses valores sejam equalizados, aos quais se acrescenta a vantagem de que os custos operacionais de um ônibus elétrico são mais baixos em comparação aos de um ônibus a diesel.

ELETROMOBILIDADE NO CHILE

Na COP25 (Espanha), aconteceu o Transport Day, instância em que o subsecretário de Transporte, José Luis Domínguez, apresentou o modelo chileno de eletromobilidade no transporte público, sua contribuição ao meio ambiente e o compromisso do Chile de ser neutro em carbono no ano de 2050.

O subsecretário Domínguez falou das vantagens de ter ônibus elétricos e transporte ferroviário para avançar nas metas de redução de emissões.

“Em setembro passado, na Cúpula do Clima, realizada em Nova York, o Chile, com 77 países comprometeram-se com esse objetivo. O Chile tomou a decisão de avançar firmemente na eletromobilidade, que está se materializando através de dois eixos: a introdução de ônibus elétricos de alto padrão e um plano de desenvolvimento agressivo para Metro, Metrotren e trens de cercania, conhecido como Programa ‘Chile Sobre Trilhos’”, disse Domínguez em Madri.

O subsecretário lembrou que o processo de incorporação de ônibus elétricos começou em 2016 com um veículo. No entanto, em dezembro passado, foram comprados 100 ônibus, aos quais novas unidades foram adicionadas até completar 386 no presente momento.

“Santiago é hoje a cidade que tem mais ônibus elétricos depois das cidades chinesas. Fomos tremendamente agressivos e o Chile se tornou um país pioneiro no modelo de eletromobilidade, ao tomar a decisão de avançar de modo firme nessa área no transporte público”, afirmou o subsecretário Domínguez.

A autoridade acrescentou que “embora tenhamos estabelecido a meta de que 100% do transporte público seja elétrico em 2040, é possível que isso seja alcançado antes, dado que se trata de uma tecnologia com grandes benefícios”.

Além disso, Domínguez disse que os ônibus elétricos têm sido muito valorizados pelos usuários, não apenas pelo conforto (ar-condicionado, Wi-Fi, acesso universal, assentos mais confortáveis), mas também pela contribuição ambiental.

CHILE SOBRE TRILHOS

Em relação ao programa Chile Sobre Trilhos, o subsecretário disse que o projeto significará a concretização de 580 km de trilhos e a compra de pelo menos 60 trens elétricos até 2022, a fim de fornecer serviço de Metrotren ou trens de cercania para cidades como Valparaíso, Concepción, Temuco, Chillan, Rancagua e Melipilla.

Além disso, a rede de Metro crescerá 54% na próxima década, com um total de 215 km de extensão, distribuídos em nove linhas do trem subterrâneo da capital. Isso significa aumentar de 723 milhões de passageiros transportados anualmente (2019) para mais de 1.100 milhões anualmente em 2027.

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