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Legado ancestral

Categoria: Matérias

Publicado em 22 nov 2018

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Legado ancestral

Desde o início de outubro, na Cidade do México, os usuários do Sistema de Transporte Coletivo (STC) podem apreciar a exposição permanente de 146 obras plásticas intitulada Identidade e Cultura dos Povos e Bairros Originários de Tláhuac.

As obras foram aplicadas nas colunas que sustentam o trecho elevado da Linha 12 do Metrô da capital mexicana. É importante dizer que Tláhuac é uma das 16 demarcações territoriais da Cidade do México, localizada na porção leste. A informação foi divulgada pelo governo da capital.

“Cada uma dessas obras nos permitirá conhecer, admirar e preservar os valores, costumes e tradições das comunidades que se estabeleceram nessa área da capital do país muito antes da chegada dos espanhóis”, afirmou o diretor de mídia do STC, Rodolfo Mondragón Monroy, salientando que o objetivo desta mostra é refletir o legado ancestral dos povos y bairros originários de Tláhuac.

A primeira coluna, localizada ao lado da estação Olivos, remete aos sete povos originários que compõem o município, colocados de cima para baixo em uma planta de milho, a qual possui três níveis, que representam a cosmovisão da cultura mesoamericana, o céu, a terra e o submundo.

O artista José Luis Zamudio Morales, originário da região e autor da primeira obra, disse que a sua criação leva em conta a opinião das crianças e dos jovens, a fim de melhorar a imagem urbana da área, enquanto o restante da população pode conhecer a história, a cultura e as tradições de Tláhuac.

Por sua vez, José Juan Chavarría Romo, presidente da Associação dos Povos Originários e Colônias Populares Organizados A.C. agradeceu o apoio do STC e destacou que a pintura, através dos murais, “é uma expressão artística que nos permite transcender, refletir a história, os sentimentos, assim como os pensamentos. E que lugar melhor do que a estrutura do Metrô para conseguir isso?”.

A artista consultora especialista em história da arte, María De Jesus Arroyo Santana, afirmou que “na era digital e com tantos avanços tecnológicos, os espaços públicos são ocupados de diferentes formas: uma das mais interessantes é o retorno do muralismo como uma arte descritiva e pedagógica, cujo esplendor no México foi experimentado nas primeiras décadas do século passado, com José Vasconcelos”.

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