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Um prêmio da Petrobras para soluções de energia sustentável

Categoria: Matérias

Publicado em 8 maio 2018

4 minutos

Um prêmio da Petrobras para soluções de energia sustentável

O Grande Prêmio Petrobras de Energia Sustentável foi realizado entre os dias 23 e 27 de abril, no Kartódromo Ayrton Senna, em Interlagos, São Paulo. A competição premiou as equipes que demonstraram melhor compromisso entre velocidade, resistência e eficiência energética. Disputada por veículos construídos por alunos de cursos de engenharia de todo o Brasil, a prova foi um verdadeiro laboratório prático do desafio de projetar e construir um automóvel, gerir uma equipe e enfrentar os rigores de uma prova automobilística.

O protótipo a gasolina mais eficiente foi o Marquinhos, da Eco Mauá, equipe do Instituto Mauá de Tecnologia, de São Caetano do Sul (SP), que alcançou 216,442 quilômetros por litro. O aluno César Seiji Yamada foi o piloto que levou o carro à vitória, que não foi nada fácil. “Uma semana atrás, o carro estava em perfeito estado na faculdade”, contou. “Mas, chegando aqui, parou tudo. Só na quinta-feira conseguimos fazê-lo andar. Ontem ficamos até as 11 horas da noite tentando fazê-lo pegar para termos uma tentativa nesta sexta-feira.”

O estudante teve uma experiência prática ímpar no GP Petrobras. “O que acontece na sala de aula não é igualzinho ao que se passa aqui. Aqui enfrentamos o problema – não é só jogar os números na fórmula. Você precisa ir atrás das respostas”, disse.

carrinhos

Foto: Claudio Larangeira/divulgação

Uma mulher pilotou o carro elétrico vencedor. Sulamita Carolina Lopes guiou o Relâmpago, também da Eco Mauá, e foi recebida com euforia pela equipe nos boxes após a última tentativa. Comemorando, até pulou para que os colegas de faculdade a segurassem. No início dessa trajetória, eles não se conheciam muito bem. “Crescemos como equipe. Aos poucos, melhoramos o carro para conseguirmos a melhor marca. Todos me incentivaram e foram essenciais para mim. É por isso que estava esse clima gostoso entre nós”, afirmou. A marca de 81 quilojoules foi alcançada por eles.

Apesar de a catarinense Unicar, da Univille, a Universidade da Região de Joinville (campus São Bento do Sul), ter sido a única equipe com carro a etanol a completar tentativas, o piloto Anderson Weiss disse que o desafio não foi menor por causa disso: “Não tínhamos um concorrente, mas não deixamos de lutar para conseguir uma melhor marca [142,93 km/l]. Tivemos duas ou três oportunidades e evoluímos a cada tentativa. Foi uma experiência bem importante”.

O organizador Alberto Andriolo valorizou todas as experiências que os estudantes de engenharia das 12 equipes tiveram nesta semana de GP. “Você observa o pessoal lutando para encontrar uma solução. Apesar das dificuldades, você vê os olhos da garotada brilhando para buscar uma alternativa”, afirmou.

Segundo ele, o GP Petrobras de Eficiência Energética, um sucessor da Maratona da Eficiência Energética, estará maior em 2019: “Esperamos pelo menos o dobro de participantes no próximo ano. Confirmamos que o evento voltou – e com um patrocinador fortíssimo, a Petrobras. Só tende a crescer”.

Os primeiros colocados de cada categoria:

Gasolina:
1º Equipe Eco Mauá, do Instituto Mauá de Tecnologia (SP): 216,442 km/l
2º Equipe PoliMilhagem, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (SP): 197,386 km/l
3º Equipe Unicar, da Universidade da Região de Joinville (campus São Bento do Sul): 142,553 km/l

Elétricos:
1º Equipe Eco Mauá, do Instituto Mauá de Tecnologia (SP): 81 kJ
2º Equipe Peso Pena, do Centro Universitário de São Paulo (SP): 85 kJ
3º Equipe Green Car, da Faculdade de Pato Branco (PR): 153 kJ

Etanol:
1º Equipe Unicar, da Universidade da Região de Joinville (campus São Bento do Sul): 142,93 km/l

participantes

Participantes do GP Petrobras de Energia Sustentável
(Claudio Larangeira/divulgação)

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