Categoria: Matérias
Categoria: Matérias
Publicado em 7 dez 2021
4 minutos
Na lógica de qualquer cidade do mundo, a mobilidade é e será um elemento essencial e estrutural para seus habitantes; para muitos setores, como o dos trabalhadores, o transporte público é a principal e única opção economicamente viável para chegar ao seu destino, portanto, esta forma de transporte deve ser segura, sustentável, eficiente, com serviço de qualidade e sem limitações de acessibilidade, a fim de facilitar as dinâmicas sociais, trabalhistas e de desenvolvimento econômico, com o objetivo de contribuir para a qualidade de vida de seus habitantes.
A mobilidade urbana, entretanto, tem sido afetada por problemas como falta de infra-estrutura eficiente, alta demanda de viagens à medida que a população cresce e uma cultura de utilização dos meios de transporte disponíveis, o que gera cenários negativos, como congestionamento de veículos e acesso a sistemas de transporte, poluição do ar e aumento dos tempos de viagem para os usuários.
O cenário foi complicado com a chegada do Covid-19, que destacou o atraso do setor de transportes, tanto em termos de seu modelo de negócios quanto de seu modelo operacional, bem como a falta de investimentos em tecnologia e modernização da frota.
A pandemia forçou uma mudança na dinâmica da população, como a implementação de escritórios em casa, o ensino à distância, o desenvolvimento do comércio eletrônico, bem como novos hábitos de mobilidade, a fim de ser mais seguro e reduzir a possibilidade de pegar a doença. Como resultado, o uso de carros particulares aumentou, aplicativos de transporte privado foram instalados e meios de transporte não motorizados também chegaram, o que mudou os problemas e levou a um aumento na necessidade de transporte público.
Entretanto, este panorama adverso gerou boas notícias, como o reconhecimento de que a mobilidade é um direito e a elaboração da Lei Geral de Mobilidade e Segurança Viária, que visa garantir seu pleno exercício, bem como a implementação de projetos de eletromobilidade nas cidades do México e Guadalajara, sendo que esta última lançou uma reestruturação do transporte público, através da integração de um sistema de pré-pagamento, e tudo isso em tempos de pandemia.
Embora saibamos que este momento crítico será superado, é necessário implementar mudanças, não podemos continuar a fazer as coisas como de costume no setor. É uma realidade que nunca mais nos moveremos como antes da pandemia, o setor terá que ADAPTAR-SE para a nova maneira como as pessoas se movem.
É hora de quebrar paradigmas, de oferecer alternativas aos usuários que permitam uma mobilidade centrada na pessoa, através de um transporte eficiente, de qualidade, sustentável, acessível e inclusivo, a fim de desencorajar o uso de carros particulares e melhorar a qualidade de vida dos usuários, bem como a competitividade das cidades.
Este contexto torna necessário o fortalecimento do transporte público, que deve ser uma prioridade para os tomadores de decisão nas cidades, através de investimentos em infraestrutura de transporte público, ônibus mais limpos e tecnologia.
O transporte público urbano é obrigado a planejar melhorias na organização, operação, gerenciamento, qualidade, segurança e sustentabilidade.
A chegada do Covid-19 representou um grande desafio e, ao mesmo tempo, oportunidades que forçaram o setor a se reinventar a fim de oferecer a melhor experiência de mobilidade aos usuários.
A pandemia traz consigo uma imensa oportunidade de alcançar mudanças estruturais no transporte urbano nas cidades mexicanas, de restaurar a confiança no uso do transporte público e de continuar a consolidá-lo como a principal opção para os usuários, bem como de promover um transporte ativo para consolidar uma cidade eqüitativa, habitável, saudável e mais vivível e sustentável.
Uma mistura de diferentes modos de transporte, como CAMINHAR + BICICLETA+ TRANSPORTE PÚBLICO deverá compor os principais eixos das cidades de amanhã.
Categoria: Matérias
Categoria: Matérias