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Em Montevidéu, os dez anos de um centro cultural instalado em um antigo terminal de bondes e ônibus

Categoria: Matérias

Publicado em 26 jul 2022

4 minutos

Em Montevidéu, os dez anos de um centro cultural instalado em um antigo terminal de bondes e ônibus

Centro Cultural Terminal Góes

Na quarta-feira, 27 de abril de 2022, o Centro Cultural Terminal Góes completará dez anos, localizado no coração do bairro Góes, em Montevidéu, na propriedade que originalmente abrigava a estação de bonde El Oriental.

Atualmente, este centro acolhe oficinas, exposições, espetáculos musicais, teatrais e de dança, entre outros.

Como parte da comemoração de seu décimo aniversário, terça-feira, 26 de abril, a partir das 19h, haverá um concerto da Banda Sinfônica de Montevidéu, que, sob a direção do maestro Martín Jorge, interpretará Tangazo, uma viagem os grandes clássicos da música citadina.

Para este espetáculo são incorporadas as vozes de Valeria Lima, Ricardo Olivera, Gabriela Morgare e Rodrigo Fleitas. Participam também os bandoneonistas Néstor Vaz, Sergio Astengo e Abril Farolini, juntamente com o corpo de dança da companhia Julio Sosa Tango. A entrada é gratuita.

DO TERMINAL AO CENTRO CULTURAL

Segundo a Intendência de Montevidéu, em 1948 foram instalados escritórios e oficinas da A.M.DET., empresa criada com o objetivo de modernizar o transporte departamental com a substituição progressiva dos bondes.

Em 1976, quando a empresa foi fechada, foi inaugurado o terminal rodoviário de Goes para serviços suburbanos de curta distância. Desta forma, o bairro aumentou sua vitalidade comercial. Em 1992 o terminal foi transferido para as ruas Galiza e Río Branco.

O espaço onde funcionava o terminal era um local de referência para atividades culturais desde 1950, através dos palcos carnavalescos, e na década de 1980 com a instalação do Horacio Quiroga e bibliotecas infantis, juntamente com o condicionamento da praça.

A DÉCADA DE 1990

Em 1990, o Município de Montevidéu iniciou seu processo de descentralização, razão pela qual foi instalado o Centro Comunitário Zonal (CCZ) 3 naquela propriedade.

Nesse processo, a Intendência promove o aprofundamento do processo de descentralização e participação cidadã, por meio da consulta social para a definição de planos estratégicos de desenvolvimento zonal.

Desde 1995 vizinhos e vizinhos manifestam a vontade organizada de reciclar a antiga praça do terminal de Goes como centro cultural, sócio-recreativo e cívico, harmonizando desde a arquitetura os aspectos históricos do terminal do bonde com os demais edifícios e funções das instituições já instaladas no o mesmo bloco.

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

Em 1998 o Conselho de Bairro da Zona 3 aprovou a melhoria da cobertura da praça e na votação do Orçamento Participativo 2007 a proposta mais votada pelos vizinhos e vizinhos da zona 3 foi o condicionamento daquele espaço.

A proposta incluiu a remodelação da cobertura e luzes, enchimento de plataformas, palco permanente e espaços verdes. Por isso, a Intendência construiu um novo local para a Câmara de Vizinhança e para a venda de ingressos.

Como culminação, foi criado o atual Centro Cultural Terminal Góes, com o objetivo de canalizar as preocupações culturais dos habitantes da região, independentemente da idade.

A obra de recuperação do edifício antigo foi realizada através do projeto Revitalização sociourbana e articulação de políticas de integração social em zonas centrais degradadas, Habitar Goes/Urb-All lll, através de um acordo de cooperação entre a autarquia, o município C e o Comissão Europeia. Em 27 de abril de 2012, ocorreu a inauguração oficial do centro.

A gestão do centro depende organicamente da Secretaria de Cultura da Intendência e Município C. É apoiada pela Comissão Especial Delegada de Assessoramento e Apoio à Gestão do centro cultural e composta por representantes dos moradores, Município C e Departamento de Cultura.

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