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Coletivo, um programa brasileiro de inovação em mobilidade urbana lançado em maio de 2019, fecha o ano com quatro atividades

Categoria: Matérias

Publicado em 22 dez 2019

7 minutos

Coletivo, um programa brasileiro de inovação em mobilidade urbana lançado em maio de 2019, fecha o ano com quatro atividades

O programa brasileiro de inovação em mobilidade urbana Coletivo foi desencadeado em maio de 2019 e vem sendo liderado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), do Brasil, com apoio de parceiros patrocinadores, como a Mercedes-Benz, Praxio e Caio, e também parceiros de conteúdo e institucionais

No último bimestre de 2019, houve quatro novas atividades do Coletivo, o programa de inovação em mobilidade urbana desencadeado e liderado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) com apoio de parceiros.

No início de novembro, aconteceu um fórum em São Paulo com a participação de empresários e dirigentes de entidades especialmente convidados. Na semana seguinte, o programa Coletivo foi mostrado em um congresso de professores e pesquisadores universitários da área de transporte que aconteceu em Santa Catarina. Também em novembro, o Coletivo deu suporte a uma atividade de inovação aberta ligada ao Centro de Operações do Rio de Janeiro (COR), da Prefeitura carioca; o tema central era o impacto das mudanças climáticas no sistema de ônibus da cidade. No começo de dezembro, foi lançada uma série de palestras e diálogos via redes sociais denominada Papo Coletivo.

O lançamento do programa Coletivo foi em maio de 2019, em Brasília/DF. Dois meses depois, foi o programa apresentado no evento Smart Cities Business, em São Paulo/SP. Em agosto, durante o Seminário da NTU, em Brasília foi desenvolvido o 1ºDesafio de Inovação do Programa Coletivo, com 36 inscrições, 15 trabalhos selecionados e seis finalistas, resultando em três projetos premiados. Em setembro, em São Paulo, o programa organizou o Dia do Coletivo durante a Arena ANTP 2019, o renovado congresso bienal da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). E em outubro, em Curitiba/PR, o Coletivo esteve presente ao Fórum Sistema de Transporte.

PARCEIROS DO COLETIVO

Em 8 de novembro de 2019, na sede do Sindicato Empresas Transportes de Passageiros do Estado de São Paulo (Setpesp), na capital paulista, aconteceu o I Fórum de Parceiros do Coletivo. Nesse encontro, houve uma manifestação inicial do presidente executivo da NTU, Otávio Cunha; uma conferência do presidente do Conselho de Inovação, Edmundo Pinheiro, e uma apresentação a respeito da estruturação, funcionamento e cronogramas do Coletivo a cargo da coordenadora de Inovação do programa, Maria Luiza Machado.

A sequência dos trabalhos teve coordenação de Richelle Cabral, diretora de Mobilidade Urbana da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), com acompanhamento de André Dantas, diretor técnico da NTU. Nesse instante houve espaço para a participação de representantes de empresas e organizações convidadas, com comentários e sugestões quanto ao desenvolvimento do programa Coletivo.

Além dos parceiros patrocinadores – como a Mercedes-Benz e a Praxio na categoria Ouro, e Caio, na categoria Prata, havendo ainda a categoria Bronze – o Coletivo instituiu dois outros tipos de parcerias: os parceiros de conteúdo, que essencialmente compartilham protocolos, softwares, técnicas e dados, exemplificados pelas empresas Cittati e a ITTS Digital, e os parceiros institucionais, que atrelam sua marca ao programa e, também propõem temas e engajam seus agentes, do que são exemplos a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes (ANPET) e o Instituto do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (Instituto MDT).

CONSTRUÇÃO SOLIDÁRIA

Os participantes ouviram no encontro que o Coletivo é um programa de mobilidade urbana que envolve inovação, ideias e ações no âmbito do transporte público coletivo. E que é um programa situado no presente com foco no futuro, que busca inovar para perpetuar o sistema de transporte público coletivo. E mais: que enxerga a inovação como solução para a evolução do transporte público coletivo, procurando promover um transporte coletivo focado no cliente por meio da inovação.  Um aspecto especialmente importante sublinhado no encontro é que o Coletivo é entendido como um programa liderado pela NTU e construído pelos parceiros em cooperação em conjunto com os operadores.

Em sua exposição durante os trabalhos, Edmundo Pinheiro sublinhou que o I Fórum de Parceiros do Coletivo adquiria grande relevância justamente por traduzir um passo a mais no sentido de ampliar a participação no programa Coletivo. Ele disse: “Mais do que um programa, o Coletivo é uma bandeira. E não pode ser visto como um movimento do transporte; temos que trazer outros segmentos para atuar junto conosco”. E acrescentou que, se fosse uma ação apenas dos transportadores, outros atores não se sentiriam dispostos a participar. “Devemos agregar parceiros nesta rede”.

Edmundo Pinheiro afirmou que o trabalho do Coletivo está no início e que não há prazo determinado para que se colham frutos.  Ele disse também que a mobilidade urbana não pode passar pela desregulamentação ou ter como base o transporte individual. “Não vejo alternativa para cidade a não ser o transporte coletivo e público”, frisou.

OUTRAS AÇÕES

Alguns dias depois do I Fórum de Parceiros do Coletivo, o programa Coletivo foi apresentado à comunidade acadêmica no 33º Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes (ANPET), realizado de 10 a 14 de novembro de 2019, na cidade catarinense de Camboriu. 

Matteus Freitas, coordenador do Núcleo de Transportes da NTU, explicou que ter estado no congresso da ANPET caracterizou uma etapa importante para o programa de inovação, por permitir o debate a partir de pontos de vista muito variados, baseados na experiência de profissionais que atuam na área de mobilidade urbana e integrantes da comunidade acadêmica.  Ele mostrou que atividade também buscou o engajamento dos agentes do ecossistema da mobilidade urbana coletiva.

Na semana final de novembro, com conclusão em 30 de novembro de 2019, o programa Coletivo deu suporte à realização do II Desafio COR – O impacto das mudanças climáticas no sistema de ônibus do município do Rio de Janeiro, iniciativa de inovação aberta do Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro (COR).  A ideia da iniciativa foi gerar um protótipo de solução para os constantes riscos vividos por motoristas, cobradores e passageiros dos ônibus coletivos urbanos durante o período de chuvas na cidade.

PAPO COLETIVO

Já em 5 de dezembro de 2019, o programa Coletivo inaugurou uma série diálogos on-line com profissionais e espectadores intitulado Papo Coletivo. A intenção declarada desta iniciava é disseminar ideias e conteúdos de qualidade sobre empreendedorismo, inovação, transporte público coletivo, tecnologia e outros temas para engajar públicos de interesse é o principal objetivo das jornadas de diálogo do programa Coletivo. O primeiro Papo Coletivo teve como tema Cidades Inteligentes, e foi comandado por Humberto Maciel, professor de pós-graduação em empreendedorismo e ferramentas práticas da inovação, consultor para projetos de mobilidade e mentor de startups ligadas à mobilidade e serviços de transportes.

Outros temas que estarão em pauta abarcam o entendimento do mercado de transporte público coletivo, marketing estratégico, modelagem de negócios, gestão por processos, gestão de projetos, modelagem financeira, tecnologia (considerando requisitos mínimos para o desenvolvimento de softwares e hardwares para a solução de problemas), o processo de inovação ‘design thinking’, o conceito de ‘UX design’ para a realidade de cada projeto (que leva em conta a experiência que o usuário terá com o produto ou processo em desenvolvimento), mobilidade como serviço (o novíssimo conceito de Mobility as a Service – MaaS .que está em debate mundialmente), técnicas relacionadas com o pitch (apresentação rápida visando interessar investidor ou cliente em um negócio), direito de propriedade intelectual e acesso a capital.

O Papo Coletivo está aberto também à palestrantes interessados em participar dos diálogos e que tenham contribuições a dar sobre os temas escolhidos, desde que a abordagem e o desenvolvimento das palestras estejam alinhados aos objetivos do programa Coletivo.

As informações sobre o Coletivo podem ser obtidas no portal do programa. Clique aqui.

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