Valeska Peres Pinto – “Programa Melhores Práticas pode ajudar as organizações a identificar seus desafios” Seminário em São Paulo en 21 de agosto.

Na condição de coordenadora, a arquiteta e urbanista brasileira Valeska Peres Pinto destaca as contribuições do programa Melhores Práticas de Mobilidade Urbana – 2018/2019, da União Internacional de Transporte Público, Divisão América Latina (UITP /DAL). Neste segundo ciclo, que será realizado no congresso mundial da UITP em Estocolmo, Suécia em maio de 2019, o programa visa estimular organizações do setor de mobilidade urbana na América Latina – empresas privadas e públicas e órgãos gestores – a apresentarem suas propostas de boas práticas com resultados comprovados, para que possam servir de base para outras organizações melhorarem seus métodos e procedimentos. Clique aqui e veja a programação do seminário que será desenvolvido em São Paulo em 21 de agosto de 2018.

Mobilitas – União Internacional de Transporte Público – Divisão América Latina (UITP/ DAL) iniciou em março último, em São Paulo, o segundo ciclo do programa Melhores Práticas de Mobilidade Urbana – 2018/2019. O que busca esse programa?

Valeska Peres Pinto – Esta é uma ação voltada para todos os profissionais e organizações que atuam no setor. É uma atividade que aponta para a necessidade de superar a segmentação que normalmente ocorre em empresas e órgãos públicos, o que fragmenta a ação em detrimento da colaboração interna. Hoje em dia, na fase de absorção de novas tecnologias e com o grau de comunicação exercido pelas redes sociais, não podemos mais criar “caixas” ou permitir que elas continuem a existir. É contraproducente institucionalizar compartimentos, por exemplo, com ações apenas para engenheiros, ou apenas para economistas, comunicadores, especialistas em marketing e assim por diante… Da mesma forma, não podemos segmentar as próprias organizações. Assim, estruturamos um programa integral, voltado para todos aqueles que estão envolvidos com a mobilidade urbana, profissionais de diferentes origens, atuando em empresas, órgãos públicos, universidades e na própria indústria.

Mobilitas – O que aconteceu desde o início deste ciclo que já esteja contribuindo para esse objetivo?

Valeska Peres Pinto – O programa é baseado na comunicação contínua com os diferentes segmentos do setor, associados ou não à UITP e com seminários em vários locais da Divisão América Latina (DAL / UITP). O primeiro evento ocorreu durante o 10º Congresso da AMTM – Associação Mexicana de Transporte e Mobilidade. Lá encontramos um público interessado em trocar experiências com outros países da região, além de uma agenda de discussão que tratou dos novos desafios colocados ao setor. Como o Brasil, o México é um grande produtor de petróleo e tem uma indústria automobilística exuberante; portanto, as cidades mexicanas enfrentam um aumento do congestionamento no sistema rodoviário, aumento da poluição do ar e perda de produtividade para o transporte público, o que está sujeito à crescente concorrência do uso de carros.

Mobilitas – Quais os aspectos que o programa identificou no trabalho realizado neste congresso que merecem destaque?

Valeska Peres Pinto – Além da participação na programação técnica do evento, houve um workshop que teve como objetivo enfatizar que a construção de mobilidade urbana sustentável requer que as várias partes interessadas atuem para estabelecer um caminho de mudança, que seja confiável e seguro, a partir das próprias práticas de cada organização. As principais questões abordadas: a necessidade de integração institucional e operacional entre os atores envolvidos; a melhoria do atendimento ao cliente; a adoção de medidas para reduzir a poluição do ar e a importância da qualificação das organizações para o uso de novas tecnologias. Q oremos lançar luzes e dar publicidade e reconhecimento àqueles que já estão realizando as mudanças. Ao mesmo tempo, queremos fomentar uma reflexão sobre como localizar em cada um deles o que é importante e, principalmente, como replicar as soluções estabelecidas.

Mobilitas – Quais foram os destaques durante o Workshop e qual o perfil dos participantes?

Valeska Peres Pinto – Profissionais dos níveis gerenciais de empresas operacionais e autoridades locais participaram do Workshop, trabalhando na Cidade do México, em localidades próximas da capital e em cidades mais distantes, como Puebla e Acapulco. Desta vez, montamos grupos que simulavam a identificação e preparação de propostas de novos cenários colocados para todos os envolvidos no grupo de trabalho mobilidade urbana. Cada um foi encarregado de identificar as questões cruciais que afetam o desempenho do setor em suas cidades e eles puderam sugerir estratégias de ação, tendo em conta os recursos disponíveis – econômico, tecnológico, humano – e as dificuldades de implementação. Foi agora possível apontar objetivos e critérios do programa a ser adotado para o reconhecimento de projetos que contribuam para a melhoria da Mobilidade Urbana, apoiada pelo uso de diferentes modos de transporte público articulados a meios de locomoção não motorizados. Esses projetos devem identificar ações inovadoras nas seguintes áreas: 1) construção de marca e imagem com a sociedade; 2) Ações para reduzir a poluição do ar e poluição sonora; 3) Cliente; 4) Extensão da quota do transporte público no mercado e renda; 5) Nível de digitalização e automatização de processos de gestão e operação; 6) Formação e valorização de colaboradores

Mobilitas – Quais são os próximos passos do programa em 2018?

Valeska Peres Pinto – A próxima atividade será o seminário a ser realizado em 21 de agosto, na cidade de São Paulo, oportunidade e nós podemos discutir alguns dos desafios colocados por uma sociedade de mídia e cada vez mais acessível à mídia contemporânea e pressão social. Para fazer isso, é apresentar os conceitos técnicos atuais para agir de forma construtiva, complementado por histórias de melhores práticas do setor na América Latina e no mundo.

PROGRAMA DO SEMINÁRIO

O programa do seminário prevê várias dimensões desse desafio, como: Construção de Marca para o Sector – A marca deve melhorar a qualidade dos serviços, qualificação técnica de profissionais e consolidando sua identidade. Digitalização e Gestão da Marca de Mobilidade – O setor está sendo desafiado pela digitalização, nas áreas de gestão e comunicação. É possível entender como a digitalização pode construir uma imagem de mobilidade cativante que agrade aos consumidores e à sociedade. Comunicação – A indústria não escapa os impactos do processo de ruptura associada à cibercultura, onde cresce a necessidade de criar uma comunicação especializada, tendo em conta as mudanças nos hábitos de consumo na sociabilidade e perfis de consumidores diferenciados. Gerenciamento de Crises – O efeito da Lei de Murphy não é simplesmente um erro ou uma situação que precisa ser corrigida. Isso pode causar danos irreparáveis ​​à reputação de uma organização. Tais danos podem ter implicações financeiras, comerciais e motivacionais que levam anos para serem corrigidas. Estratégia – Pensar em longo prazo inclui iniciativas cruciais como planejamento estratégico, planejamento tributário, repensar sobre visão, missão, objetivos das organizações, definição de metas, etc. Além disso, as dificuldades na aplicação das decisões devem ser consideradas. Governança e Valores Institucionais – As organizações precisam de objetivos claros e metas definidas, comportamento ditando e atitudes no funcionamento de toda a estrutura organizacional e apoiar as formas de relação dos funcionários com o outro e com clientes, fornecedores e sociedade. Soma-se a isso a crescente demanda da sociedade por compromisso ético e ambiental

COMO PARTICIPAR

O evento será realizado em 21 de agosto de 2018, na Universidade Paulista – UNIP- Campus Paraíso, Rua Vergueiro, 1211, São Paulo/SP, das 9 h às 18 h. As inscrições já estão abertas. Visite o site da reunião para mais informações e para se inscrever.

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