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Publicado em 6 mar 2018
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A maior operadora brasileira de trens de passageiros em regiões metropolitanas, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, lançou em janeiro o livro comemorativo CPTM 25 Anos – Superando Desafios e Eternizando Conquistas, com 112 páginas produzido pela Editora BB. Baixe a publicação por meio de link ao final desta notícia.
O livro apresenta 150 imagens significativas e narra a história do processo de modernização da empresa, herdeira da malha de trens suburbanos e atualmente integrada ao Metrô de São Paulo.
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foi criada em 28 de maio de 1992 por uma lei do Estado de São Paulo, o mais populoso e economicamente mais forte estado da federação brasileira. O surgimento da CPTM consolidou o que se convencionou chamar de “estadualização” das ferrovias que transportavam passageiros na Região Metropolitana de São Paulo, as quais haviam sido criadas a partir da segunda metade do Século 19, na época do Segundo Império e na Primeira República.
HERANÇA SUCATADA, MAS MUITO BEM-VINDA
Coube à CPTM assumir os sistemas de trens da Região Metropolitana de São Paulo, operados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU (Superintendência de Trens Urbanos de São Paulo – STU/SP) e pela Ferrovia Paulista S/A – FEPASA, que reuniam ferrovias que começaram a ser implantadas ainda na década de 1860. Com isso, herdou um sistema obsoleto, precisando de investimentos maciços.
É importante destacar para as duas maiores metrópoles do país, São Paulo e Rio de Janeiro, tem sido de grande importância essa herança ferroviária, que corresponde, em cada um os casos, a mais de 260 quilômetros de trilhos em faixas de domínio apropriadas, além de áreas e instalações de serviço e estações, que, não obstante, têm exigido de um considerável esforço para modernização dos sistemas: vias permanentes, sinalização e comunicações, material rodante, acessibilidade universal e segurança, entre outros aspectos indispensáveis às modernas ferrovias. Seria difícil calcular quanto custaria hoje a implantação do zero tais infraestruturas.
EVOLUÇÃO DA OPERAÇÃO
Em 1994, a CPTM efetivamente começou a operar as atuais linhas 7-Rubi e 10-Turquesa (antigas A e D) e 11-Coral e 12-Safira (antigas E e F), que pertenciam à CBTU. Em 1996, passou a controlar os serviços da FEPASA e as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda (antigas B e C).
Em seu primeiro ano de operação, a CPTM registrava apenas 800 mil usuários/dia. Atualmente, a companhia transporta três milhões de usuários em mais de 2.700 viagens.
Desde sua criação, a CPTM experimentou uma série de transformações para aprimorar a qualidade dos seus serviços. Para dar conta da operação ferroviária nas seis linhas, a CPTM recebeu um Centro de Controle Operacional (CCO) que responde não só pela circulação dos trens metropolitanos, mas também pelos trens de carga nos trechos de vias compartilhadas.
Uma Central de Monitoramento da Segurança controla mais de 5 mil câmeras de vigilância em trens e estações de toda a rede, além de receber denúncias via SMS.
A CPTM atua em 22 municípios – 19 deles localizados na Região Metropolitana de São Paulo e outros três integrantes da Aglomeração Urbana de Jundiaí – e conta com uma malha ferroviária de 260,8 km que interconecta 92 estações. Em breve alcançará um município, chegando ao Aeroporto Internacional localizado no município de Guarulhos, contíguo à capital paulista, por meio da nova Linha 13 – Jade.
Os sistemas da CPTM e do Metrô de São Paulo estão tarifariamente integrados, de modo que o passageiro de um sistema pode seguir viagem pelos trilhos do outro sem qualquer desembolso adicional. A tarifa é de R$ 4,00 (aproximadamente USD 1,25 – janeiro de 2018).
CRESCE O NÚMERO DE PASSAGEIROS ENTRE 1996 E 2016.
Nas últimas duas décadas, os investimentos feitos na CPTM permitiram que a companhia mais que triplicasse o número de passageiros transportados, além de oferecer maior qualidade e segurança nas viagens.
Segundo levantamento apresentado pela publicação Sistemas Metroferroviários em Operação no Brasil, editado em 1997 pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), no ano de 1996, a CPTM transportou 250,92 milhões de passageiros.
No período de 2007 até 2013, de acordo com levantamento do Anuário Metroferroviário – publicação da OTM Editora, que contou em sua fase de implantação com a cooperação da AEAMESP – a escalada do número de passageiros transportados foi surpreendente: 465,6 milhões (2007), 541 milhões (2008), 586,2 milhões (2009), 642 milhões (2010), 700,2 milhões (2011), 764 milhões (2012), 795,3 milhões (2013). Em 2016, segundo informa o relatório de administração da companhia, a CPTM transportou 819,5 milhões de passageiros.